A Hyundai continua a reforçar a sua aposta na mobilidade sustentável com base em células de combustível a hidrogénio. Desde o final da década de 1990 que a marca sul-coreana investe, de forma consistente, no desenvolvimento desta tecnologia, que considera essencial para alcançar um futuro com zero emissões.
“O percurso da Hyundai neste domínio começou com um primeiro protótipo de célula de combustível e ganhou expressão em 2013, com o lançamento do ix35 Fuel Cell, o primeiro automóvel de passageiros com célula de combustível de hidrogénio produzido em massa no mundo”, diz.
“Com uma autonomia de 594 km e abastecimento rápido, o modelo demonstrou a viabilidade e o potencial de escalabilidade da tecnologia”, recorda a marca, em comunicado.
Aposta contínua
Cinco anos depois, a Hyundai apresentou o NEXO, um modelo de segunda geração que reforçou a proposta com maior autonomia, novos sistemas de assistência à condução e funcionalidades tecnológicas, como o estacionamento remoto inteligente. “O NEXO é, atualmente, o veículo de passageiros a hidrogénio mais vendido no mundo”, sublinha a Hyundai.
A marca não se limita à mobilidade convencional. “Em 2022, revelou o N Vision 74, um concept que combina um sistema híbrido de célula de combustível e bateria com uma estética retrofuturista, inspirada no Pony Coupe de 1974. Com autonomia superior a 600 km, este protótipo ilustra o potencial do hidrogénio em veículos de elevado desempenho”, reforça a mesma fonte.
Mais recentemente, a marca apresentou o INITIUM, um novo concept com autonomia prevista de 650 km e um design centrado na habitabilidade e segurança. A versão de produção deverá chegar ao mercado no primeiro semestre de 2025.
Gama versátil
No Seoul Mobility Show 2025, foi a vez do novo NEXO assumir o protagonismo, com “melhorias significativas na autonomia (mais de 700 km), no design e na eficiência do sistema de propulsão”, diz. Este modelo é, também, o primeiro FCEV da Hyundai com capacidade de reboque, sinalizando uma nova etapa na versatilidade dos veículos a hidrogénio.
Paralelamente ao desenvolvimento de novos modelos, a Hyundai aposta na construção de um ecossistema de hidrogénio, integrando produção, armazenamento, distribuição e aplicação.
“Esta visão integrada é assumida pela HTWO, a plataforma de negócios dedicada à cadeia de valor do hidrogénio. A empresa tem vindo a estabelecer parcerias com governos, como os da Coreia do Sul e da Indonésia, e a investir em soluções de produção, como o Waste-to-Hydrogen (W2H), que converte resíduos em hidrogénio de baixo teor de carbono”, explica.
Transição energética
Segundo a marca, o hidrogénio é uma peça central da transição energética global. A Hyundai afirma ser “diferente de qualquer empresa de energia com raízes na mobilidade e de qualquer empresa de mobilidade com ramificações na energia”, sublinhando a natureza híbrida da sua atuação.
Com quase três décadas de desenvolvimento, os projetos da Hyundai em torno do hidrogénio continuam a avançar. A marca defende que esta tecnologia “complementa a eletrificação através de bateria, integrando-se numa abordagem diversificada à mobilidade com baixas emissões”, conclui.
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