“O que é um veículo conectado?”, começa por questionar a Garrett. “Até 2030, o número de dispositivos conectados instalados em veículos deverá ser contabilizado em milhares de milhões, tal é a velocidade da inovação em curso na indústria automóvel”, adianta.
“Os veículos conectados beneficiam de tecnologia, redes e infraestruturas integradas que suportam a troca de dados bidirecional”, acrescenta. “Oferecem a capacidade de transformar a experiência do condutor, melhorar a eficiência do veículo e contribuir para um futuro com menos carbono. Na última década, essa tecnologia cresceu a um ritmo impressionante”, sublinha a empresa, em comunicado.
“O que começou como funcionalidade de nível 1, normalmente para controlo da velocidade de cruzeiro e assistência de faixa, progrediu para autonomia de nível 2 para sistemas de velocidade, direcionais e de travagem. O nível 3, conforme definido pela Society of Automotive Engineers, é a ‘automação condicional’, que permite ao carro circular sozinho, sob determinadas circunstâncias, mas com monitorização do condutor”, recorda a empresa.
“Seguir-se-á o controlo totalmente autónomo, com sistemas conectados a assumirem todos os aspetos da condução, aproveitando inicialmente o poder dos dados de infraestruturas urbanas (nível 4), antes de a autonomia “em qualquer lugar, a qualquer hora” (nível 5) se tornar possível através da capacidade de processar enormes volumes de dados”, explica.
“Essa conectividade apresenta enormes oportunidades e desafios para a indústria automóvel”, afirma Volkan Deveci, vice-presidente e diretor-geral de Veículos Conectados (COV) da Garrett. “O foco dos nossos engenheiros de veículos conectados é proteger a segurança dos fluxos de dados críticos e, ao mesmo tempo, ajudar a fornecer todo o potencial desta nova era para os fabricantes, os seus clientes e o ambiente”, revela.
Neste espaço, a equipa de Connected Vehicle Software, da Garrett Motion, desempenha um papel vital no desenvolvimento e aplicação de sistemas de deteção de intrusão on-and-off de múltiplas camadas, capazes de detetar ameaças cibernéticas, bloquear ataques, fornecer remediação e reforçar a resiliência dos fabricantes através da gestão da segurança do ciclo de vida completo.
Ao mesmo tempo, a riqueza destes dados está a criar novas oportunidades para a monitorização proativa do estado dos veículos. “A Garrett desenvolveu um conjunto de algoritmos construídos a partir de modelagem física de componentes e sistemas para medir o desempenho operacional em diferentes cenários em tempo real”, frisa a mesma fonte.
E vai mais longe: “Tal melhora a precisão das reparações de diagnóstico e evita reclamações de garantia desnecessárias e dispendiosas, além de oferecer um recurso de prognóstico que utiliza dados de campo para evitar quebras inesperadas e tempos de inatividade onerosos”.
Como comunicam entre si?
“Os veículos conectados dependem de diversas tecnologias de comunicação para troca de dados. Veículo para Veículo (V2V): permite que veículos conectados comuniquem, diretamente, entre si, através de protocolos de comunicação sem fio. O V2V permite a troca de informações vitais, como velocidade, posição e direção, ajudando a prevenir acidentes e melhorando o fluxo do tráfego”, esclarece.
Veículo para infraestrutura (V2I): permite que os veículos conectados interajam com a infraestrutura circundante, incluindo semáforos, sinais de trânsito e sistemas centrais de gestão de tráfego, proporcionando aos condutores (e, em tempo real, aos veículos autónomos) a capacidade de adaptar as suas rotas com base em dados de tráfego”, reforça.
Mas, afinal, o que significa a era do “veículo conectado” para fabricantes, frotas e condutores? “A ascensão dos veículos conectados apresenta oportunidades significativas para a indústria automóvel, por exemplo, através de serviços baseados em subscrição, análise de dados e experiências personalizadas no automóvel para os condutores. Tal oferece o potencial de transformar a experiência do cliente final”, sublinha a empresa.
“Para os OEM, um dos grandes ganhos potenciais está nos diagnósticos e prognósticos de veículos baseados em dados. As complexidades adicionais associadas às funcionalidades de condução autónoma, à eletrificação e a mais software podem dificultar o diagnóstico de avarias dos veículos. Na verdade, estima-se que o diagnóstico incorreto leva a reparações incorretas, resultando em cerca de milhões de euros em custos de garantia indevidos para os OEM”, acrescenta a mesma fonte.
O software avançado de diagnóstico e prognóstico da Garrett aproveita o poder dos dados de veículos conectados para melhorar o diagnóstico de falhas e a manutenção preditiva.
Faz isso integrando uma ferramenta de modelagem de falhas e algoritmos de indicadores de integridade no invólucro do Diagnostic Reasoner para conduzir procedimentos passo a passo comprovados por sintomas que levam a reparações “certas à primeira vez”, maior tempo de atividade, melhor satisfação do cliente e redução de garantia indevida.
“No geral, os veículos conectados representam um salto tecnológico significativo, permitindo uma transformação da indústria automóvel. Com o potencial inerente para salvar vidas, otimizar o fluxo de tráfego e reduzir o impacto ambiental da condução, os benefícios esperados dos veículos conectados são consideráveis”, afirma a Garrett.
E conclui: “À medida que os fabricantes de automóveis continuam a investir em conectividade e em avanços tecnológicos, o panorama automóvel está preparado para uma mudança revolucionária, prometendo um futuro mais inteligente e eficiente nas estradas”.
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