A Fundação Repsol e a Nova School of Business & Economics (Nova SBE) apresentaram uma nova iniciativa através da qual se analisará, estudará e dará a conhecer os conceitos mais relevantes relacionados com a descarbonização das cidades, como peça chave para avançar para uma sociedade sustentável e resiliente perante as alterações climáticas.
O projeto, designado “Towards Net-Zero Cities”, centra-se na análise do papel que as cidades representam para a aceleração da transição energética e alcançar os objetivos climáticos da Agenda 2030.
Esta colaboração da Fundação Repsol com a Nova SBE integra-se na Rede de Cátedras da Fundação Repsol, sendo a sexta universidade parceira da entidade e a primeira em Portugal.
A apresentação da iniciativa realizou-se na jornada “Portugal: Cidades inteligentes e os objetivos de transição energética”, que teve lugar no Grande Auditório Jerónimo Martins da Nova SBE, em Carcavelos.
Presidiram ao ato o ministro da Economia e Mar, António Costa Silva, o presidente da Repsol, Antonio Brufau, e o dean da Nova SBE, Pedro Oliveira. O evento contou ainda com a presença da Ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, e dos presidentes da Câmara de Cascais, Lisboa, Porto e Matosinhos.
“Queria agradecer à Nova SBE e à Repsol por desenvolverem este extraordinário projeto sobre Transição energética e descarbonização das cidades”, sublinhou António Costa Silva na sua intervenção.
“A biodiversidade é o nosso seguro de vida neste planeta e é por isso que estes projetos, como o Motor Verde +Floresta ou o das cidades inteligentes, que a Repsol e a Nova Business School lançam, são absolutamente estruturantes para o futuro. Este projeto é extremamente importante para descobrirmos soluções, inovações tecnológicas, que permitam fazer face a este grande desafio”, acrescentou.
Por seu turno, Antonio Brufau salientou que “as cidades são e continuarão a ser o principal motor do desenvolvimento económico e social. Serão um lugar onde veremos materializar-se os principais avanços no desenvolvimento tecnológico e na inovação, mas, também, na inclusão social”.
E foi mais longe: “Estes avanços estão, inequivocamente, ligados à transição energética em curso, à mobilidade inteligente e sustentável, aos transportes públicos, ao setor residencial sustentável, à economia circular, ao desenvolvimento de espaços e corredores verdes, à integração de portos marítimos e aeroportos e à interconectividade dos hubs“.
Já o dean da Nova SBE, Pedro Oliveira, ressaltou que “esta iniciativa com a Fundação Repsol irá contribuir, através de formação e de projetos desenvolvidos pelos nossos alunos, com o apoio dos nossos investigadores, para a necessária descarbonização das nossas cidades através da utilização de soluções inovadoras de produção de energia a partir de fontes renováveis”.
Na sequência da assinatura do acordo de colaboração entre a Fundação Repsol e a Nova SBE, o coordenador da iniciativa e diretor de sustentabilidade da Nova SBE, Luís Veiga Martins, apresentou a iniciativa e as principais linhas de ação focadas nas energias renováveis em ambientes urbanos, na construção urbana sustentável e infraestrutura verde, na mobilidade urbana sustentável e na gestão eficiente de resíduos e recursos.
As cidades albergam metade da humanidade e são o motor económico global, responsáveis por 80% do PIB mundial. Por este motivo, representam cerca de 75% do consumo energético e de 70% das emissões de CO2.
As cidades são, simultaneamente, um desafio e uma oportunidade, pelo que, tomar medidas e investir em ações nos ambientes urbanos possibilitará o máximo retorno no que diz respeito à mitigação de carbono.
O evento contou ainda com o diálogo de alto nível sobre “As cidades de Portugal face aos desafios da neutralidade”, no qual participaram o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, o presidente da Câmara Municipal do Porto, Rui Moreira, o presidente da Câmara Municipal de Cascais, Carlos Carreiras, a presidente da Câmara Municipal de Matosinhos e presidente da Associação Nacional de Municípios Portugueses, Luísa Salgueiro, e o diretor-geral da Fundação Repsol, António Calçada.
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