Falhas de ignição: nem sempre é da vela

Falhas nos motores a gasolina exigem um diagnóstico preciso. Bobines, velas e mistura pobre estão entre os “culpados” mais comuns.
Check-up Media car ignition

Num motor a gasolina, uma falha de ignição é dos sintomas mais recorrentes nas oficinas — vibração ao ralenti, perda de potência ou acender da luz do motor. A primeira suspeita recai quase sempre sobre as velas de ignição ou as bobines. Mas será justo apontar-lhes o dedo de imediato?

O diagnóstico eficaz começa com a leitura de códigos de erro. Uma falha no cilindro 2, por exemplo, pode indicar uma bobine defeituosa, mas pode, também, resultar de má combustão por mistura incorreta, válvula presa ou mesmo um problema de compressão. Trocar peças sem validar a causa é um risco e um custo evitável para o cliente.

Mistura ar-combustível

As bobines modernas são sensíveis ao calor e às vibrações. Se a falha ocorrer sob carga ou com o motor quente, pode estar relacionada com a isolação interna ou com ligações elétricas de má qualidade. Já as velas, devem ser avaliadas não só pela quilometragem, mas, também, pelo aspeto. Elétrodos corroídos, depósitos excessivos ou diferenças de cor entre cilindros revelam muito sobre o que se passa na câmara de combustão.

Teste de resistência

É ainda essencial verificar se a mistura ar-combustível está equilibrada. Sensores MAF com leituras erradas, injetores sujos ou fugas de ar podem criar uma mistura pobre, que causa falhas de ignição aparentes sem que haja culpa das bobines ou velas.

Outra pista importante é a intermitência. Falhas que surgem apenas em aceleração ou em rotações específicas, apontam para problemas de alimentação ou gestão eletrónica. Nestes casos, a osciloscopia ou o teste de resistência e tensão em carga são ferramentas valiosas — muito além da simples substituição de componentes.

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