As exportações de componentes para automóveis ultrapassaram os 1.000 milhões de euros em maio deste ano, registando uma subida de 21,9% face ao mesmo mês de 2022.
Segundo dados da Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel (AFIA), este crescimento de dois dígitos “representa uma subida pelo 13.° mês consecutivo, demonstrando, também, um ritmo de crescimento superior às exportações nacionais de bens, que, neste mesmo período diminuíram, 6,9%”.
Quanto ao acumulado, até maio, as exportações de componentes para automóveis estão na ordem dos 5.000 milhões de euros, o que se traduz num acréscimo de 21,8% face ao mesmo período de 2022.
Refira-se que, em 2023, 70% das exportações portuguesas de componentes para automóveis continua a pertencer ao top 5 de países composto por Espanha, Alemanha, França, Eslováquia e EUA.
Espanha, com vendas de 1.422 milhões de euros, continua a ser o principal cliente dos componentes fabricados em Portugal, seguida pela Alemanha, com 1.108 milhões de euros. Na terceira posição, encontra-se a França, com 560 milhões de euros, enquanto a quarta posição é ocupada por Eslováquia, com 224 milhões. A fechar o top 5 estão os EUA, com 189 milhões de euros.
As exportações para quatro destes cinco países aumentaram relativamente ao ano anterior. Assim, as exportações para Espanha aumentaram 22,6% relativamente ao ano de 2022, Alemanha apresenta-se com um crescimento de 28,6%, as exportações para França, terceiro país cliente, cresceram 23,% e por último, a Eslováquia registou um aumento de importações de componentes para automóveis portugueses de 26,5% em relação a 2022.
Por outro lado, os EUA continuam a registar uma queda, agora de 21%, nas importações de componentes para automóveis provenientes de Portugal no que se refere ao período homólogo de 2022, mantendo-se como quinto país cliente.
“As exportações dos componentes para automóveis para países como Espanha e Alemanha estão a crescer mais do que a produção, ganhando, assim, quota de mercado nestes países. Aliás, entre janeiro e maio deste ano, a produção em Espanha teve um aumento de 19,9% enquanto as exportações subiram 22,6%. Já na Alemanha, a produção situou-se nos 27,1% contra os 28,6% das exportações”, destaca a AFIA, em comunicado.
“Sem grandes alterações no panorama nacional e internacional no que se refere ao aumento dos custos da inflação, transportes, energia e matérias-primas, que continuam a acentuar a incerteza neste e noutros setores, é importante relembrar que a indústria de componentes para automóveis mantém a sua consistência e resiliência, continuando a criar formas de se manter competitiva e continuar a ganhar quota de mercado às suas congéneres”, acrescenta a mesma fonte.
Mais sobre as exportações aqui.
