Segundo dados da Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel (AFIA), as exportações de componentes para automóveis “apresentaram uma recuperação em outubro, registando um aumento de 2,6% em termos homólogos”.
Segundo diz, “este crescimento ocorre após dois meses consecutivos de variações negativas, atingindo um total de 1.150 milhões de euros exportados. Não deixa de ser uma surpresa tendo em conta as informações recolhidas nesse mês, interna e externamente”.
Depois de uma evolução negativa nos últimos meses, verifica-se, agora, um crescimento das exportações da produção nacional, quando comparamos com o mês de outubro de 2023.
“Assim, no acumulado até outubro de 2024, as exportações de componentes para automóveis atingiram os 10.000 milhões de euros, o que representa uma redução de 3,2% em relação ao mesmo período de 2023”, refere a AFIA, no mesmo documento.
Importância na economia
As contas nacionais mostram que os componentes para a indústria automóvel são relevantes para a economia nacional, uma vez que “representam 14,9% das exportações de bens transacionáveis”, afirma.
“Apesar de um decréscimo de 3,7% nas exportações para os mercados europeus no acumulado de 2024, a variação positiva registada em outubro reforça a importância do setor, atenuando a queda que se verificou nos três primeiros trimestres do ano”, sublinha a mesma fonte.
Quanto às vendas para a Europa, estas mantêm-se dominantes, concentrando 88,6% das exportações totais do setor. Espanha lidera como o principal destino das exportações de componentes fabricados em Portugal, com uma quota de 28%, seguida pela Alemanha (23,8%) e pela França (8,2%)”,
Estes três países apresentam comportamentos diferentes, em virtude do facto de o mercado alemão apresentar um crescimento próximo dos 3% e o mercado espanhol e francês estarem a ter uma evolução negativa, sobretudo o francês, que cai 23,8%.
“Com o foco contínuo na inovação, qualidade e competitividade, o setor de componentes para automóveis demonstra capacidade para enfrentar os desafios e contribuir, de forma significativa, para a economia portuguesa”, acrescenta José Couto, presidente da AFIA.
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