De acordo com dados recolhidos pela Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel (AFIA), as exportações de componentes para automóveis continuaram a subir pelo nono mês consecutivo e mantiveram, no mês de janeiro, um registo de recuperação, atingindo os mil milhões de euros, valor que representa uma subida de 16,6% relativamente ao mesmo mês de 2022.
“No que se refere às exportações de componentes para automóveis por país, Espanha continua a ser o principal cliente dos componentes fabricados em Portugal, com vendas de 306 milhões de euros, seguida pela Alemanha, com 208 milhões de euros”, refere.
“Na terceira posição, encontra-se França, com 118 milhões de euros, enquanto a quarta posição pertence à Eslováquia, com 43 milhões, seguindo-se os EUA na última posição do top 5, com 37 milhões de euros. Estes cinco países representam 72% das exportações portuguesas de componentes para automóveis”, diz a AFIA.
“De destacar, positivamente, que as exportações para quase todos os países do top 5 aumentaram relativamente ao ano de 2022, com exceção dos EUA. As exportações de Espanha, principal cliente dos componentes fabricados em Portugal, aumentaram 8,4% relativamente ao ano de 2022, enquanto para a Alemanha aumentaram 29% e os valores de França tiveram um crescimento de 14,2%”, dá conta.
“Por último, destaca-se a entrada no top 5 por parte da Eslováquia, como 4.° mercado cliente das exportações dos componentes para automóveis produzidos em Portugal, depois dos seus valores terem aumentado 18,6%, face ao ano de 2022”, reforça. De uma forma menos positiva, realça-se a queda de 13,4% das exportações para os EUA, levando este país para o 5.° lugar do top de países clientes.
“De assinalar que as empresas portuguesas têm sido obrigadas a gerir, de uma forma constante, toda a incerteza que se vive em termos mundiais, quer em relação à difícil situação geopolítica determinada pela guerra na Ucrânia, quer pela tensão entre os EUA e a China”, frisa.
“Fator também condicionante para toda esta incerteza, é a contínua escassez de semicondutores, assim como a inflação dos custos relacionados com os transportes, energia e matérias-primas, que obrigam à interrupção das cadeias de abastecimento”, explica a AFIA.
“A indústria portuguesa de componentes para automóveis tem conseguido oferecer soluções para dar forma à mobilidade do futuro – inteligente e com baixas emissões de carbono”, assegura.
Contudo, “a AFIA mantém a sua preocupação na capacidade futura das empresas nacionais conseguirem manter esta resiliência e serem capazes de continuar a competir com as suas congéneres, manter a expressão nos clientes e progredirem no processo de ganhar quota de mercado”, conclui.
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