A Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel (AFIA) revela que as exportações de componentes situaram-se, no mês de dezembro, nos 607 milhões de euros. Um valor que, segundo a entidade, registou uma diminuição de 10,2% relativamente ao mesmo mês de 2020 e 4,9% face a 2019.
“Entretanto, ao analisar as vendas ao exterior no decorrer do ano, verificámos que apenas nos meses de fevereiro e março é que as exportações se situaram acima do nível registado em 2019. Aliás, quando comparados os anos de 2021 com 2020, concluiu-se que, no segundo semestre de 2021, as exportações registaram sempre uma diminuição face a 2020”, explica a AFIA, em comunicado.
Em 2021, as exportações de componentes para automóveis atingiram os 8.957 milhões de euros, o que refletiu um acréscimo de 3,7% face ao ano de 2020. No entanto, comparando com 2019, as vendas ao exterior estiveram 8,3% abaixo no nível registado na pré-pandemia.
Já no que diz respeito aos países de destino das exportações, de janeiro a dezembro de 2021, comparativamente à mesma data de 2019, Espanha manteve-se no topo de vendas, com 2.592 milhões de euros (-0,7%), seguida pela Alemanha, com 1.845 milhões de euros (-10,7%).
Em terceiro lugar, surge a França, com um registo de 1.039 milhões de euros (-24%), em quarto lugar os EUA, com 476 milhões (+24,5%), e, por último, o Reino Unido, com 419 milhões de euros (-51,3%). No total, estes cinco países representam 71% das exportações portuguesas de componentes para automóveis.
“Além do aumento de casos relacionados com a pandemia de covid-19 e o Brexit, são também os problemas nas cadeias de abastecimento que continuam a afetar toda a indústria automóvel”, sublinha a AFIA.
E conclui: “A falta de chips, de componentes eletrónicos e, também, a escassez de outras matérias-primas, têm trazido graves problemas a esta indústria e levado os construtores de automóveis a interromperem, temporariamente, a laboração”.
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