As exportações de componentes para automóveis atingiram os 980 milhões de euros em julho deste ano, registando uma subida de 11% face a igual mês de 2022.
De acordo com dados recolhidos pela AFIA (Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel), este crescimento, de dois dígitos, representa uma subida pelo 15.° mês consecutivo, continuando a evidenciar, também, um ritmo de crescimento superior às exportações nacionais de bens, que, neste mesmo período, diminuíram 10,6%, apresentando-se como um dos motores do crescimento económico de Portugal.
No acumulado até julho, as exportações de componentes para automóveis ultrapassaram os 7.340 milhões de euros, representando um acréscimo de 19,6% face ao período homólogo de 2022.
Segundo a AFIA, “a Europa concentra 89,4% das vendas realizadas neste ano no que toca à quota das exportações de componentes para automóveis em 2023 por região”.
Relativamente ao acumulado do ano, “as exportações de componentes para automóveis para esta região, até julho, aumentaram 22,1% face ao mesmo mês de 2022”, pode ler-se.
Analisando o top 15 de mercados clientes de Portugal, conclui-se que há um aumento nas exportações de componentes para automóveis portugueses em 14 dos 15 países.
Realça-se ainda que, apesar de os mercados marroquino e austríaco ainda apresentarem valores bastante baixos de quota de exportações, respetivamente 1,5% e 1,3%, são os mercados do top 15 que, em variação relativa, mais se destacam, com um aumento superior a 44% em relação ao ano de 2022.
Esta evolução sucede ao mesmo tempo que o mercado automóvel na Europa cresce 16,7%, o que é um sinal que a indústria portuguesa de componentes para automóveis continua com um ritmo de crescimento acima do mercado europeu, estando a ganhar quota.
É importante destacar que a indústria de componentes para automóveis tem mantido, até ao momento, a sua resiliência e encontrado formas de manter-se competitiva e enfrentar os desafios que continuam ativos no panorama nacional e internacional, como o aumento dos custos da inflação, transportes, energia e matérias-primas, que afetam este e outros setores de atividade.
Os cálculos da AFIA têm como base as Estatísticas do Comércio Internacional de Bens divulgadas a 8 de setembro pelo INE – Instituto Nacional de Estatística. Espanha continua a ser o principal destino dos componentes para automóveis fabricados em Portugal, representando 28,6% das exportações.
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