As exportações de componentes para automóveis registaram, no mês de julho de 2024, um ligeiro aumento, na ordem dos 1,3%, em comparação com o mesmo período do ano anterior, tendo-se situado na ordem dos mil milhões de euros, referem dados divulgados pela Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel (AFIA).
“Apesar de ser um aumento ténue, quando comparado com a subida de 23,5% do total das exportações nacionais de bens, as exportações de componentes para automóveis são responsáveis por 15,1% das exportações nacionais de bens transacionáveis”, avança a AFIA, em comunicado.
Apreensão continua
Quanto ao acumulado, entre janeiro e julho, as exportações de componentes para automóveis “atingiram os 7.200 milhões de euros, registando uma diminuição de 3,7% face ao período homólogo de 2023”, refere a mesma fonte.
“É de notar que as vendas para o mercado europeu, no acumulado de 2024, mantêm um registo descendente, evidenciando uma queda de 4,7% relativamente ao mesmo período do ano anterior concentrando, no entanto, 88,3% do total das exportações de componentes para automóveis”, dá conta.
“Com uma quota de 27,6% das exportações, Espanha mantém-se como o principal destino dos componentes fabricados em Portugal, logo seguida da Alemanha e da França, com 23,7% e 8,3%, respetivamente”, sublinha a AFIA.
Para o presidente da associação, José Couto, “apesar desta ligeira melhoria, continuamos apreensivos com tudo o que passa na Europa e preocupados com o futuro do setor”.
E vai mais longe: “A indústria europeia passa por um período conturbado. No entanto, acreditamos na força da nossa indústria para que se consiga encontrar formas de ultrapassar estes desafios”.
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