A Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel (AFIA) acaba de revelar os dados relativos às exportações de componentes para automóveis em agosto de 2024, destacando a quebra de 5,4% em termos homólogos. E as notícias não são animadoras para o setor.
“Em agosto, as exportações de componentes para automóveis situaram-se nos 736 milhões de euros, o que é uma parte significativa do total das exportações nacionais de bens, já que este setor representa 14,6% das exportações nacionais”, refere.
“Ou seja, por cada €100 de bens exportados por Portugal, €14,60 correspondem a componentes para automóveis”, realça a AFIA, em comunicado enviado às redações.
Associação preocupada
Quanto ao acumulado entre janeiro e agosto deste ano, as exportações de componentes para automóveis “alcançaram os 7.700 milhões de euros, registando uma diminuição de 3,9% em relação ao período homólogo de 2023”, adianta.
“Os números que, agora, são indicados, corroboram a preocupação que esta associação vem demonstrando: há, de facto, uma descida da atividade de produção para os mercados internacionais, que contraria as expectativas que a indústria tinha para o ano de 2024”, alerta a mesma fonte.
O mercado europeu continua a ser o principal destino dos componentes para automóveis fabricados em Portugal, representando 88,3% do total das exportações deste setor. “Contudo”, revela a AFIA, “as exportações para a Europa caíram 4,8% no acumulado até agosto de 2024, em comparação com o mesmo período do ano anterior”.
Entre os principais destinos europeus, Espanha mantém-se como o principal mercado, absorvendo 27,4% das exportações portuguesas de componentes, seguida pela Alemanha, com 24,1%, e pela França, com 8,1%.
“Estes números refletem os desafios que o setor dos componentes para automóveis enfrenta no contexto económico atual, com a procura internacional a revelar sinais de abrandamento, especialmente nos mercados europeus, que são vitais para as exportações nacionais”, remata.
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