A manhã de sábado (dia 18 de outubro) ainda mal começara e já se sentia, à entrada da Exponor, uma energia diferente. A música enchia o átrio, misturada com o burburinho dos visitantes, o som dos aplausos e o brilho das luzes.
Era o ponto de partida do Evolution360, o grande evento da Drive360, que reuniu mais de um milhar de clientes, parceiros e amigos num dia inteiramente dedicado à transformação do aftermarket automóvel. O Check-up marcou presença e testemunhou de perto um encontro que conjugou emoção, estratégia e futuro.
Evolução e autenticidade
Ao longo do percurso até ao auditório, os convidados eram recebidos por uma banda ao vivo, cujos acordes criavam o ambiente de festa que se estendia por toda a área expositiva.
Ali, as marcas que colaboram com a Drive360 apresentavam as suas mais recentes inovações: febi, Blue Print, Bosch, ZF Aftermarket, MAHLE, Momo Tires, NRF, Schaeffler, DENSO, Exide, FARE, Delphi, Motorservice Group, GKN, OSRAM, MANN-FILTER, OCAP, Valvoline, Goodyear, SNR, Motul, KYB e BGA, entre outras.
Um verdadeiro mosaico tecnológico do aftermarket moderno, onde os participantes podiam circular livremente e descobrir as novidades que dão corpo ao lema do evento — “Evoluir é manter o que nos torna autênticos”.
Pouco depois das 11h, Sónia Araújo subiu ao palco para abrir oficialmente a sessão. Num registo seguro e entusiasmado, deu as boas-vindas aos convidados, antes da projeção de um vídeo que sintetizou o espírito da jornada: “Não somos apenas peças de um motor. Somos energia que faz andar.” A mensagem marcava o tom de um dia que prometia revisitar o passado, celebrar o presente e projetar o futuro.
“De onde vimos?”
Seguiu-se Carlos Nascimento, chairman da Drive360, para conduzir o público numa autêntica viagem no tempo. Sob o tema “De onde vimos?”, traçou um paralelismo entre a história da Create Business, fundada em 2003, e as grandes mudanças do mundo nas últimas duas décadas.
“O que nos traz aqui é uma cultura”, começou por afirmar. “A Drive360, apesar de nova, nasce de um percurso de mais de 20 anos” – quase 23, para sermos exatos.
Com ritmo e a dose certa de humor, Carlos Nascimento foi cruzando a evolução da empresa com acontecimentos que marcaram cada época. Recordou que, em 2003, quando a Create Business dava os primeiros passos, a Amazon consolidava o seu domínio global.
Em 2004, surgia o Facebook, “que revolucionou a forma como comunicamos e fazemos negócio”. No ano seguinte, já a empresa “criava laços com fornecedores que, hoje, permanecem parceiros estratégicos e dava início às primeiras formações, numa altura em que a eletricidade começava a impor-se sobre a mecânica tradicional”, recordou Carlos Nascimento.
Seguiu-se uma cronologia viva, feita de marcos e paralelos. “Em 2006, passámos a ser acionistas da ATR, o maior grupo internacional de compras, presente em todos os continentes. Isso permitiu-nos ser atores e não espetadores”, lembrou.
Um ano depois, nascia a primeira rede de oficinas — A Oficina —, coincidindo com a chegada da Netflix e do primeiro iPhone. Em 2008, a empresa deu o primeiro passo fora de portas, com uma loja em Luanda, e lançou o primeiro catálogo online aberto a todos os clientes. “Foi um impacto enorme no negócio, no mesmo ano em que o Airbnb dava os primeiros passos”.
A linha do tempo avançou com a mesma cadência: a criação da Auto-Check-Center, o portal +Valor, a entrada da empresa no mercado espanhol, o surgimento das redes sociais, dos veículos elétricos e da Inteligência Artificial (IA).
Cada referência servia de espelho para ilustrar a forma como a Create Business — e agora a Drive360 — foi crescendo com o mundo. “A IA não é uma ameaça, mas uma oportunidade para sermos mais rápidos e eficazes”, defendeu, referindo-se ao impacto de ferramentas como o ChatGPT e o Microsoft Copilot.
Com uma mistura de nostalgia e entusiasmo, o chairman descreveu o percurso até à Drive360: “Temos a história da Create Business, o ADN. Fomos evoluindo, sempre com soluções para os melhores profissionais”.
E acrescentou: “O nosso compromisso é de 100% de dedicação aos profissionais, inovar, colaborar e acrescentar valor. Com credibilidade, confiança, integridade, responsabilidade e inclusão”.
Depois da retrospetiva, Carlos Nascimento passou ao mapa atual da organização. “Hoje, contamos com 39 armazéns espalhados por Portugal continental e ilhas”, destacou, listando uma expansão que continua em marcha. “E, em janeiro de 2026, juntar-se-ão à rede Isuvol, Sandia Stand e Turbomax.” O futuro, garantiu, será de continuidade e crescimento. “Nós vimos da experiência”, concluiu, entre aplausos vindos da composta plateia.
“Para onde vamos?”
O momento seguinte trouxe leveza e surpresa. Sofia Encarnação, artista de circo contemporâneo, entrou em palco para uma performance de equilíbrio e expressão que deixou o auditório em silêncio. Movendo-se com graciosidade sobre uma roda metálica, desenhou no ar o símbolo perfeito da evolução contínua que o evento celebrava — movimento, foco e harmonia.
Logo depois, Pedro Proença, CEO da Drive360, tomou a palavra para abrir o segundo capítulo do encontro. Sob o mote “Para onde vamos?”, apresentou a nova identidade da empresa e explicou o significado do nome.
“’Drive’ porque estamos a fazer um caminho, em movimento, levando soluções de mobilidade para o futuro. E ‘360’ porque é uma roda completa de serviços e soluções, que só fazem sentido com os clientes e fornecedores no centro”.
O discurso de Pedro Proença anunciou uma fase de consolidação e modernização. “Temos marcas premium, próprias e novos produtos. Apostamos em formação, apoio técnico e ferramentas digitais, como o software de gestão comercial e a plataforma Shop360”.
A visão é clara: ser mais do que um distribuidor — ser um parceiro global de mobilidade. “Queremos olhar para este setor de forma abrangente. Fazer com que as pessoas não parem”, disse.
Para o CEO, a Drive360 é, acima de tudo, uma marca de confiança e proximidade. “Nada se faz se não acreditarem em nós. Colocamos o cliente no centro e procuramos soluções”, frisou.
Ao falar do futuro, reforçou a ambição: “Somos uma marca moderna. Queremos fazer as coisas de forma diferente, chegar a novos públicos, mas sem perder a nossa identidade. Queremos ser uma marca que desperte paixões — que os nossos parceiros vistam a camisola Drive360 e sintam os benefícios”, acrescentou.
A primeira parte do Evolution360 terminava assim, entre aplausos e expectativa. Um evento que começou como uma celebração da história e se transformou num manifesto sobre o futuro.
O Check-up esteve lá e trará, a seguir, a segunda parte desta reportagem dedicada às restantes intervenções e momentos do encontro que colocou a Drive360 ao “volante da mudança”.
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