A boa visibilidade é um dos principais fatores a ter em conta para uma condução segura, uma vez que 90% das informações que chegam ao cérebro, durante a condução, fazem-se através da visão.
E mais de 80% dos acidentes ocorre à noite ou em más condições meteorológicas: ambiente, posição relativa, orientação, velocidade e direção, todos estes aspetos requerem do condutor adaptações constantes do seu foco de visão para ser capaz de entender o que o rodeia e tomar as melhores decisões para manter o veículo na posição correta.
“Mas não é menos importante manter em bom estado os elementos relacionados com a visibilidade dos nossos veículos. E quando falamos em visibilidade dentro do carro, pensamos apenas nos faróis, mas existem outros elementos determinantes para obter uma visibilidade correta, pelo menos em condições meteorológicas adversas, para os quais as escovas limpa-vidros não dão a devida importância”, explica a ASER, naquela que é a sua 11.ª causa (de um total de 12) de 2021.
“O nevoeiro diminui a visibilidade horizontal. A sua presença dificulta a visão de objetos distantes e confunde os contornos dos próximos. Se adicionar a presença de fumo nas proximidades, a névoa é muito perigosa. A visibilidade, para ver e ser visto, deve ser aumentada ligando-se os médios e os faróis de nevoeiro”, avisa.
“Os máximos não devem ser usados, pois o reflexo da luz em gotas de água suspensas torna a visão ainda mais difícil. Além disso, é muito provável que o nevoeiro aumente a possibilidade de ‘derrapagem’ em caso de travagem e que não seja possível ver o que se passa à frente do veículo à nossa frente. Isso pode forçar-nos a ir a uma velocidade reduzida, mas a segurança é o principal”, explica.
“A chuva reduz a visibilidade tanto quanto menores forem as gotas. Por isso, será mais perigosa do que chuva forte, com gotas grossas. À chuva, soma-se a falta de visibilidade devido à distorção da luz dos faróis, à água que salta do veículo à frente e ao aumento do brilho. Também isto aumenta as chances de o veículo derrapar durante a travagem ou aquaplaning”, acrescenta a ASER.
Já a neve, reduz a visibilidade direta, especialmente quando o vento e até mesmo a deslocação do ar quando outro veículo passa por nós produz remoinhos. Com a neve, o desempenho visual é muito inferior, pois os contrastes de luz são reduzidos. Por vezes, os limites da estrada perdem-se e é impossível diferenciar os sinais direcionais.
“Nessas circunstâncias, fica clara a importância de se ter um sistema de limpeza do para-brisas, bem como um sistema de iluminação de qualidade, capaz de varrer a água acumulada no para-brisas e no vidro traseiro, sem danificar o mesmo e, principalmente, sem sair marcas por uma limpeza incorreta que podem distorcer ainda mais a visibilidade”, esclarece.
E continua: “Por outro lado, conduzir à noite é três vezes mais arriscado do que durante o dia. A iluminação noturna é menor, a fadiga parece mais rápida e a velocidade geralmente aumenta devido ao menor tráfego na estrada. Perante esta realidade, medidas extremas de segurança rodoviária devem ser tomadas para evitar qualquer tipo de acidente. Quando se tem vontade de conduzir à noite, especialmente nas primeiras estações escuras, ser ativo, vigilante e antecipador é a melhor coisa que se pode fazer”, alerta.
Mas os conselhos da ASER, neste capítulo, não se ficam por aqui. “Tenha uma boa iluminação, ou seja, verifique se as luzes estão em perfeitas condições para que a área iluminada seja adequada. Lembre-se de que os sistemas de iluminação do veículo servem para ver, mas, também, para ser visto. E, isso não é menos importante”, frisa.
“Se tiver máximos, mude para médios se se cruzar com outro veículo ou se estiver atrás de um, evitando encandeá-lo”, diz. “Não deixe as luzes interiores do veículo acesas, uma vez que estas podem reduzir a visão para o exterior e incomodar os outros condutores. Mantenha o para-brisas limpo e verifique se as escovas funcionam corretamente e têm fluido suficiente”, sublinha.
A reter ainda que a velocidade deve ser “adaptada à zona visual e a distância de segurança deve ser aumentada, para que haja tempo para agir se necessário”. Mais: “Se for ultrapassar, tenha especial cuidado ao regressar à sua faixa, uma vez que as distâncias não são avaliadas da mesma forma no escuro”, acrescenta.
“Lembre-se de que pode encontrar peões ou ciclistas no caminho e não conseguir vê-los imediatamente. Tenha especial cuidado se estiver numa estrada secundária, numa área arborizada ou no campo, pois um animal pode sair e fazer com que perca o controlo do veículo”, alerta a ASER.
“Se sentir sono, se os seus olhos ‘arderem’ ou se tiver dificuldade para se concentrar, pare, durma cerca de 20 minutos, beba um café ou uma bebida estimulante. Se a fadiga persistir, durma quanto tempo precisar”, acrescenta.
Segundo explica a empresa, as “falhas nos sistemas de iluminação e sinalização são os defeitos mais comuns pelos quais os veículos chumbam nas inspeções periódicas obrigatórias”.
Por isso, “para a sua segurança e a dos demais utentes da estrada, a ASER dedica o mês de novembro à importância de manter em perfeito estado os sistemas de visibilidade dos veículos, sempre com peças sobressalentes de qualidade”, conclui.
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