Nada funciona sem óleo do motor – pelo menos num carro a gasolina ou a gasóleo. O lubrificante “reduz o atrito entre as peças móveis, dissipa o calor e mantém o motor limpo”. Já em 1928, a revista da DEKRA explicava por que razão a lubrificação é vital para prolongar a vida útil de um motor. E um século depois, o conselho mantém-se válido.
Órgãos como pistões, árvore de cames, válvulas e rolamentos só sobrevivem graças a uma fina película de óleo. Esta película, com poucos milímetros, é suficiente para garantir que as peças metálicas deslizem suavemente entre si.
“Sem lubrificação, o motor degrada-se rapidamente. Mas nem todos os óleos são iguais – hoje existem três tipos principais: mineral, sintético e semissintético. Todos têm diferentes níveis de qualidade e devem respeitar as especificações do fabricante”, explica a DEKRA, em comunicado.
Respeitar fabricante
A viscosidade do óleo – identificada pelo código SAE, como 10W-40 – indica o seu desempenho em temperaturas frias (“W” de winter) e a fluidez a quente. “Cada motor exige uma faixa específica de viscosidade e usar o óleo errado pode comprometer o desempenho ou provocar danos. As especificações dos fabricantes, da ACEA ou do API, também devem ser respeitadas”, sublinha a DEKRA.
Além da escolha certa, a manutenção é essencial: verificar o nível a cada 1.000 km é uma boa prática. “O motor deve estar quente e o carro num local plano. O nível deve situar-se entre as marcas da vareta. E cuidado com os excessos – demasiado óleo pode provocar espuma e impedir a lubrificação correta. Também se deve evitar misturar óleos de especificações ou viscosidades diferentes”, esclarece a mesma fonte.
Eficiência e longevidade
Em muitas motos, o óleo também lubrifica a embraiagem, o que exige fórmulas específicas. Um óleo para automóveis pode fazer a embraiagem patinar ou desgastar-se prematuramente.
“Quanto à mudança de óleo, pode ser feita em casa por quem tiver os conhecimentos certos – mas o óleo usado deve ser reciclado adequadamente. É altamente poluente e não pode ir para o lixo comum”.
Hoje, tal como em 1928, a DEKRA reforça o seu papel educativo com conteúdos práticos e recomendações técnicas. “Cuidar do óleo do motor exige pouco esforço, mas traz grandes benefícios: mais longevidade, menos problemas e maior eficiência”, afirma.
Afinal, como dizia o artigo original da DEKRA, “muito se peca na lubrificação, por negligência ou ignorância. O preço? Um motor danificado e uma conta elevada”, conclui.
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