As exportações de componentes para automóveis atingiram, em março deste ano, os 1.107 milhões de euros, registando, assim, uma subida de 35,8% face ao mesmo mês de 2022, o que traduz um crescimento maior do que as exportações nacionais.
Segundo dados recolhidos pela Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel (AFIA), “este crescimento de dois dígitos representa uma subida pelo 11.° primeiro mês consecutivo”.
Quanto ao acumulado até março deste ano, as exportações de componentes para automóveis “alcançaram os 3.053 milhões de euros, o que se traduz num acréscimo de 22,2% face ao primeiro trimestre do ano anterior”, adianta.
“Importante realçar que 71% das exportações portuguesas de componentes para automóveis continuam a pertencer ao top 5 de países composto por Espanha, Alemanha, França, Eslováquia e EUA, durante o primeiro trimestre de 2023”, refere.
Espanha, com vendas de 891 milhões de euros, continua a ser o principal cliente dos componentes fabricados em Portugal, seguida pela Alemanha, com 676 milhões de euros.
Na terceira posição, encontra-se França, com 350 milhões de euros, enquanto a quarta posição pertence à Eslováquia, com 134 milhões, fechando o top 5 com os EUA, com 111 milhões de euros.
“Destaque-se que as exportações para quatro destes cinco países aumentaram relativamente ao ano anterior. Assim, as exportações para Espanha cresceram 20% relativamente ao ano de 2022”, pode ler-se.
“Alemanha apresenta-se com um crescimento de 28,5% e as exportações para França, terceiro país cliente, cresceram 25,4%. A Eslováquia registou um aumento de 29% em relação a 2022, voltando a surpreender com o maior crescimento dos cincos principais mercados”, sublinha a AFIA, em comunicado.
Por outro lado, “os EUA continuam a registar uma queda, agora de 16,3%, nas importações de componentes para automóveis provenientes de Portugal, no que se refere ao período homólogo de 2022, mantendo-se como quinto país cliente”, acrescenta a mesma fonte.
A situação mundial e a inflação dos custos relacionadas com os transportes, energia e matérias-primas são fatores que continuam a promover uma incerteza neste e noutros setores em termos mundiais.
“Mas é importante destacar que a indústria portuguesa de componentes para automóveis tem conseguido manter uma forte resiliência e criar formas de continuar a competir com as suas congéneres para ganhar quota de mercado”, conclui a AFIA.
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