O assobio característico de um turbo cansado é apenas o sintoma final. Muito antes disso, existem indícios subtis que permitem antecipar o desgaste e evitar avarias mais sérias.
Um dos primeiros sinais surge na lubrificação: pequenos atrasos na pressão inicial de óleo, sobretudo após o carro pernoitar, indicam que o turbo pode estar a perder estanquidade interna. Uma película de óleo na entrada do compressor ou no tubo de retorno também denuncia que a folga no veio está a aumentar.
Resposta “preguiçosa”
Outro indicador precoce é o tempo de resposta. Um turbo saudável enche rápido. Quando começa a ficar preguiçoso, com um ligeiro atraso na subida de pressão, algo já não está no ponto.
A análise de dados em aceleração moderada ajuda: caso a pressão pedida e a pressão real apresentem diferenças repetidas, o problema pode estar a despontar. Vibrações muito suaves, quase impercetíveis, sentidas na condução ou observadas ao ralenti através do diagnóstico (picos irregulares de pressão) são outro alerta.
Identificar folgas
A oficina pode ir mais longe com uma simples inspeção manual: ao desmontar a tubagem de admissão, a verificação do end play e do side play do eixo permite identificar folgas mínimas, ainda sem ruído. A presença de limalhas, mesmo em pequena escala, é outro sinal inequívoco de que o desgaste está a evoluir.
Detetar o problema cedo é poupar: um turbo que ainda não assobia é muito mais fácil (e barato) de recuperar ou reparar, evitando danos colaterais no motor e no DPF.