Como serão as buzinadelas do futuro? A indústria automóvel far-se-á ouvir…

A buzina está a ser reinventada. Mais do que um simples alerta, está a transformar-se num símbolo de inovação tecnológica, segurança e personalização.
Check-up Media driver blowing horn

Os avanços tecnológicos no setor automóvel estão a revolucionar até os componentes mais comuns. E as buzinas não são exceção. Os fabricantes estão a adaptar-se aos novos meios de “expressar” a linguagem dos seus modelos. A Ford, por exemplo, está a testar sistemas que utilizam altifalantes direcionais para indicar a orientação de potenciais perigos na estrada.

Estes sistemas emitem sons intuitivos, como passos ou campainhas de bicicleta, ajudando os condutores a identificar, rapidamente, a natureza e a localização de outros utentes da estrada. Esta abordagem promete aumentar a segurança rodoviária e reduzir a poluição sonora em áreas urbanas densas, uma preocupação crescente em grandes cidades europeias.

Sons personalizados

Com a popularização dos veículos elétricos, surgem desafios adicionais relacionados com a sua operação quase silenciosa. Para minimizar os riscos associados à ausência de som, várias marcas, incluindo Tesla e Nissan, têm implementado sistemas de aviso sonoro artificial.

De acordo com um estudo europeu recente, o mercado global destes dispositivos deverá crescer 18,6% ao ano entre 2024 e 2034, impulsionado por normas, como o Regulamento 138 da União Europeia, que exige que veículos elétricos emitam sons artificiais a baixas velocidades. Estes sons, projetados, não só alertam os peões, como, também, refletem a identidade das marcas, oferecendo uma nova dimensão ao design automóvel.

Check-up Media city traffic side

Outra tendência emergente é a personalização dos sons das buzinas. Fabricantes como BMW e Hyundai, por exemplo, estão a explorar várias opções que permitem aos condutores escolher sons que reflitam a sua personalidade ou até mesmo as suas emoções, desde que respeitem as normas locais de ruído. Este avanço alinha-se com a procura por experiências de condução mais personalizadas e emocionalmente envolventes.

A poluição sonora, um tema central na reimaginação das buzinas, também impulsiona a inovação. Em cidades como Paris e Amesterdão, há iniciativas para reduzir os níveis de ruído no trânsito, incentivando o desenvolvimento de buzinas menos intrusivas.

Tecnologias que tornam o som mais direcional e controlado estão a ser exploradas para limitar o impacto em quem não é alvo do aviso, tornando os ambientes urbanos mais tranquilos e habitáveis.

Alertas adaptáveis

Por fim, a Inteligência Artificial começa a desempenhar um papel nesta transformação. Empresas como a Harman e a Continental estão a trabalhar em sistemas que ajustam, automaticamente, a intensidade e o tipo de som emitido pela buzina, dependendo do contexto.

Um som mais suave pode ser usado para alertar um peão distraído, enquanto um aviso mais intenso pode prevenir uma colisão iminente. Estas soluções prometem aumentar a eficiência dos alertas sonoros, reduzindo, simultaneamente, o stress de condutores e utentes da estrada.

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