Diagnosticar o desalinhamento da correia de acessórios sem desmontar é perfeitamente possível: basta observar padrões subtis que revelam muito mais do que parecem.
O primeiro indício surge no aspeto da própria correia: quando há brilho anormal nas extremidades ou desgaste lateral mais acentuado, é quase sempre sinal de que uma das polias não está alinhada com as restantes. Este brilho metálico aparece porque a borracha é “forçada” a trabalhar fora do seu plano ideal, roçando de lado a cada volta.
Observar perfil
Com o motor ao ralenti, um simples espelho de inspeção ajuda a confirmar a suspeita. Observando a correia de perfil, mesmo pequenas variações no ângulo entre polias tornam-se visíveis: a correia vibra ligeiramente para a frente e para trás, ou descreve um percurso que não é perfeitamente linear. A luz também denuncia irregularidades. Quando o reflexo oscila ao longo da largura da correia, há quase sempre desalinhamento.
Comportamento do tensor
Outro sinal importante é o comportamento do tensor. Se oscila mais do que o habitual, mesmo sem carga elétrica elevada, a causa pode não ser o próprio tensor, mas sim o desalinhamento a obrigá-lo a compensar movimentos para os quais não foi desenhado. Ruídos intermitentes, como um “zumbido” que aparece e desaparece com a rotação, reforçam a pista.
Assim, antes de desmontar, uma inspeção visual atenta, um espelho, uma boa iluminação e alguns segundos de ralenti bastam para identificar desalinhamentos que, ignorados, podem rapidamente evoluir para avarias caras e inesperadas.