Quem já desmontou um tablier moderno, um módulo de airbag ou uma centralina de motor sabe bem o que é ficar com dezenas de cabos e fichas nas mãos — muitos deles parecidos entre si, com encaixes semelhantes e pouca margem para erro. Um simples descuido pode resultar numa montagem incorreta, numa avaria ou, pior, num sistema elétrico com mau funcionamento difícil de diagnosticar.
A solução? O primeiro passo será etiquetar os cabos e fichas logo no início da desmontagem. Com fita adesiva, marcadores de várias cores ou etiquetas numeradas, é possível organizar visualmente os componentes, garantindo que tudo volta ao sítio certo.
Cores diferentes
Este hábito é especialmente útil em veículos modernos, onde as redes elétricas são cada vez mais densas e interligadas. Um sensor mal ligado pode afetar outros sistemas, desde a gestão do motor até ao ABS ou ao ar condicionado. Por isso, este cuidado simples transforma-se numa forma de prevenção — técnica e económica.
Há várias formas de fazê-lo. Uma das mais eficazes passa por usar fita de eletricista de cores diferentes, atribuindo uma tonalidade a cada zona do sistema (por exemplo, azul para iluminação, verde para sensores, vermelho para alimentação). Outra opção é marcar cada ficha com um número ou código e registar a sua posição numa folha de papel ou fotografia tirada antes da desmontagem.
Truque de arrumação
Hoje, com um simples smartphone, é possível tirar fotos de cada passo do processo, criando um registo visual rápido e muito útil quando se perde a sequência ou surgem dúvidas na montagem.
Mais do que um truque de arrumação, esta prática representa uma atitude profissional. Reduz erros, acelera o processo de reparação e transmite confiança ao cliente, que percebe que o trabalho foi feito com rigor.
Porque em eletricidade automóvel, ligar tudo de forma correta não é um luxo — é uma exigência. E etiquetar cabos é o primeiro passo para garantir que nada é deixado ao acaso.
