Com a chegada de motores cada vez mais complexos, que operam em elevadas rotações por minuto (rpm) e precisam de toda a sua potência para arrancar, é necessário poder antecipar os tempos de abertura e fecho das válvulas de admissão e escape com precisão em qualquer rotação do motor.
“Por isso, foi criado o sistema Variable Valve Timing (VVT), que visa alterar o tempo de abertura e fecho das válvulas de admissão e escape para que entre nos cilindros a quantidade ideal de ar para o processo. Tal é possível por um phaser localizado na cabeça da árvore de cames chamado VVT”, adianta a Industrias Dolz.
Objetivo do VVT
Por norma, quanto mais rotações o motor tiver, mais ar será necessário introduzir nos cilindros. “É aí que entra o comando variável de válvulas. A sua principal função é modificar os ângulos de fase da distribuição, ajustando o comando de válvulas de acordo com as necessidades do momento”, revela.
“O sistema VVT é comandado pela ECU, unidade eletrónica de controlo, que regula o motor e é responsável por acionar essa engrenagem por intermédio do fluxo de óleo do motor”, explica a empresa.
A pressão do óleo é enviada através do sistema VVT para preencher as cavidades para avançar ou retardar o tempo. “Abastecer a engrenagem VVT com óleo destrava o seu pino estacionário e a torna duas peças rotativas independentes, causando deslocamento angular entre a entrada (corrente) e a saída (eixo de cames), avançando ou retardando a distribuição”, conta.
“Para obter a máxima eficiência do motor, as válvulas devem abrir e fechar em função das rotações por minuto e tal só é possível se tivermos um tempo variável”, sublinha a mesma fonte.
E continua: “Existem diferentes tipos de sincronismo que apresentam características únicas, sendo a principal diferença o posicionamento da árvore de cames. Dependendo do motor, as configurações do sistema VVT são diferenciadas e podem ser executadas apenas nas válvulas de admissão ou em ambas as árvore de cames”, refere a Industrias Dolz.
Os dois principais, quando se trata de variar a distribuição, são a variação do curso da válvula, alterando avanço e o fecho da válvula ao mesmo tempo, e o deslocamento da árvore de cames em relação à cambota.
Diferença entre VVL / VVEL / VVTL
VVL, VVEL e VVTL são abreviações de tecnologias que envolvem a alteração das válvulas do motor para melhorar o desempenho. VVL significa “Variable Valve Lift”, VVEL quer dizer “Variable Valve Event and Lift” e VVTL corresponde a “Variable Valve Timing and Lift”.
“Em particular, o VVTL é um sistema de suporte avançado que permite o controlo preciso do levantamento da válvula. Em motores modernos, o sistema VVL é frequentemente combinado com sistemas Variable Valve Timing (VVT) para obter melhorias de desempenho ainda maiores”, diz.
Principais componentes do VVT
Os principais elementos de um sistema variável de válvulas que entram em ação para obter uma sincronização variável? ECU (Unidade de Controlo do Motor); sensores; VVT regulador da árvore de cames composto por estator, rotor, palhetas e elemento de bloqueio; árvore de cames; válvulas solenóides; óleo.
“Devido à importância da lubrificação em todo o sistema de distribuição variável das válvulas, a monitorização dos níveis e das condições do óleo será essencial para manter todas as peças nas melhores condições e obter o melhor desempenho possível do motor. Esta ação deve ser realizada de acordo com as recomendações do fabricante do veículo”, aconselha a Industrias Dolz.
Vantagens do VVT
“Os acionamentos por corrente podem transmitir grandes cargas em distâncias longas e curtas. Esses sistemas permitem aproveitar o tempo ideal de abertura e fecho das válvulas em qualquer situação do motor”, diz.
“Portanto, a importância do VVT reside no facto de que a sua utilização adequada melhora diretamente o desempenho do motor do veículo, otimiza a gestão térmica e proporciona melhor economia de combustível”, acrescenta.
Os principais benefícios deste sistema incluem: “Maior eficiência, maior binário e potência. O sistema de distribuição variável de válvulas permite atingir rotações mais altas e, consequentemente, maior potência do motor, além de uma sincronização do motor mais precisa”, conta.
Mais: ”Permite um controlo minucioso e preciso das válvulas internas (abertura e fecho) do motor durante a condução, obtendo, também, um aumento da vida útil do motor, além da redução do consumo de combustível”, refere o comunicado.
E conclui: “Graças a esta gestão eficaz das válvulas, o sistema VVT permite um ralenti mais suave, proporcionando melhor consumo de combustível, bem como menos emissões e melhor economia de combustível. Além disso, por ter um maior direcionamento e controlo dos gases, o sistema realiza uma recirculação que pode reduzir as emissões”.
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