Como detetar um rolamento de roda prestes a gripar sem desmontar?

Os rolamentos avisam antes de falharem. O segredo está em saber ouvir, sentir e medir os sinais certos para evitar problemas de segurança.
Check-up Media mechanic inspection

O rolamento de roda é dos componentes mais discretos e, ao mesmo tempo, mais essenciais na segurança de um automóvel. Quando falha, pode comprometer a estabilidade, aumentar a distância de travagem e até causar o bloqueio da roda. Felizmente, há formas de identificar o problema antes de chegar a esse ponto, sem necessidade de desmontagem.

“Rolar metálico”

O primeiro passo é a escuta atenta. Um som grave e contínuo, semelhante a um rolar metálico que aumenta com a velocidade, é o alerta mais comum. No entanto, muitos ruídos podem confundir o diagnóstico: pneus deformados, desequilíbrios na suspensão ou até pastilhas mal encaixadas. A experiência auditiva deve, por esse motivo, ser acompanhada por métodos objetivos.

Com o veículo suspenso, a rotação manual da roda pode revelar um atrito irregular ou um ponto mais “áspero” no movimento. Mas o diagnóstico mais preciso vem do estetoscópio automóvel, um aliado simples e eficaz. Ao aplicar o sensor junto ao cubo, é possível comparar o som gerado por cada rolamento e identificar diferenças de tonalidade ou vibração.

Aumento da temperatura

Em oficinas mais equipadas, o uso de acelerómetros e analisadores de vibração permite medir frequências específicas associadas ao desgaste de pistas internas e externas. Esses sistemas transformam ruído em dados, revelando anomalias ainda invisíveis ao ouvido humano.

Outro sinal importante é o aumento localizado de temperatura após uma curta deslocação. Um rolamento em deterioração gera atrito adicional, que se traduz em calor. Termómetros infravermelhos ou câmaras térmicas são ferramentas rápidas e fiáveis para confirmar a suspeita.

A deteção precoce evita a substituição do cubo completo, mas, também, danos na manga de eixo, no sensor ABS e até nos pneus. Um rolamento saudável é silencioso, frio e estável. Um que começa a “cantar” é, na verdade, um pedido de socorro. Saber ouvi-lo é o que distingue uma oficina atenta de uma oficina reativa.

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