“Iniciamos, hoje, uma ambiciosa viagem para transformar a nossa companhia e ser um motor chave e facilitador da transição energética. A Cepsa é suficientemente pequena para se mover rapidamente e, em simultâneo, suficientemente grande para ser líder na criação de uma economia mais verde, mais justa e mais sustentável”, começa por salientar a empresa, em comunicado.
Com este intuito, a Cepsa prevê estabelecer parcerias com os clientes para “desenvolver soluções de descarbonização para as suas necessidades energéticas e, claro, também abordaremos a nossa própria pegada de carbono”, sublinha.
“As moléculas verdes são essenciais para a descarbonização de setores complexos, como o transporte pesado, a aviação e o tráfego marítimo, e a Cepsa tem uma margem competitiva graças aos seus muitos anos de experiência na produção desta fonte de energia”, acrescenta.
Neste sentido, a Cepsa apresentou, hoje, a sua nova Estratégia 2030, denominada “Positive Motion”, para se converter em líder da mobilidade e da energia sustentável em Espanha e Portugal, bem como ser uma referência na transição energética. Para isso, vai transformar-se numa empresa mais focada nas necessidades dos clientes, que também enfrentam os seus próprios desafios na descarbonização das suas atividades.
“Não há dúvida de que estamos a atravessar tempos incertos, com a guerra na Ucrânia a perturbar a vida de milhões de pessoas e a desestabilizar os mercados globais de energia. No entanto, a estratégia que, hoje, apresentamos, é um plano a longo prazo que reflete a oportunidade histórica que Espanha e as suas empresas energéticas têm para se tornarem atores-chave na promoção e produção de energias limpas”, conta Maarten Wetselaar, administrador-delegado da Cepsa.
“Isto ajudará a reforçar a segurança e a independência energética da Europa. Estou confiante de que a Cepsa pode assumir um papel de liderança neste processo”, acrescenta o responsável. A companhia investirá, nesta década, entre 7.000 e 8.000 milhões de euros, dos quais 60% são destinados, a partir de 2023, a negócios sustentáveis.
Tudo isto resultará num maior contributo dos negócios sustentáveis para o EBITDA, passando de 14% em 2022 para mais de metade em 2030. “A Cepsa quer ir mais além das zero emissões (net zero) e chegar ao ‘Net Positive’, permitindo aos clientes e à sociedade avançar na direção correta”, afirma a empresa.
“A companhia estabeleceu um ambicioso plano para reduzir as suas emissões, situando-se como uma referência no seu setor. Especificamente, em 2030, reduzirá as suas emissões de CO2 (de alcance 1 e 2) em 55%, face a 2019, e aspira alcançar zero emissões em 2050. Quanto ao alcance 3, a intensidade de carbono dos seus produtos será reduzida entre 15 e 20% até 2030”, revela.
A nova visão de negócio da companhia (“Positive Motion”) será composta por dois ecossistemas: mobilidade sustentável e new commerce; energia sustentável. Tudo isto alimentado pelos “Energy Parks” e pelas alianças com outros parceiros estratégicos.
Na nova estratégia da Cepsa, a descarbonização do transporte rodoviário e a mobilidade do cliente final desempenharão um papel fundamental. A companhia vai desenvolver o maior ecossistema de mobilidade elétrica em Espanha e Portugal, em conjunto com a Endesa, desenvolvendo a mais ampla rede de carregamento ultrarrápido em estrada, que atingirá um rácio mínimo de um carregador de 150 kW a cada 200 km nas principais estradas e vias interurbanas.
A Cepsa irá, também, impulsionar a procura de hidrogénio verde no transporte rodoviário, para o qual fixou a meta de estabelecer, até 2030, um posto de abastecimento a cada 300 km nos corredores que ligam Espanha à Europa.
“Os postos de abastecimento da Cepsa, a segunda maior rede de Espanha e Portugal, serão transformados em espaços digitalizados, que oferecerão uma grande variedade de serviços de ultra-conveniência e restauração, que vão incluir alimentos frescos, parafarmácia, e-commerce, pontos de recolha de encomendas e serviço de lavagem sustentável de veículos, bem como soluções multi-energia para o abastecimento em estrada”, explica.
Além disso, a Cepsa vai apostar numa cultura baseada em dados, utilizando analítica avançada para transformar a experiência do cliente e dar impulso ao seu programa de fidelização. E, através da tomada de decisões, baseada em Inteligência Artificial, a companhia será capaz de oferecer serviços integrais em tempo real.
O segundo grande ecossistema da nova estratégia da Cepsa centrar-se-á na aceleração da descarbonização dos clientes industriais, do transporte aéreo e marítimo, bem como da própria companhia, através da produção de moléculas verdes, principalmente hidrogénio renovável e biocombustíveis.
A Cepsa, que é, atualmente, dos principais produtores espanhóis de hidrogénio, vai liderar, em 2030, a produção de hidrogénio verde em Espanha e Portugal, com uma capacidade de 2 GW. Desta forma, tornar-se-á numa referência na importação e exportação desta energia para o continente europeu, África e Médio Oriente, graças à localização privilegiada das suas instalações na Península Ibérica.
Paralelamente, a sua ampla experiência na produção e abastecimento energético e o seu conhecimento técnico permitirão à companhia liderar a produção de biocombustíveis de segunda geração, com uma produção de 2,5 milhões de toneladas por ano em 2030, promovendo, assim, a economia circular.
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