“Uma das causas mais comuns de vibrações sentidas durante a condução deve-se ao desequilíbrio das rodas. Quando uma roda se encontra desequilibrada, geram-se forças centrífugas, vibrações e ruídos durante a rotação, que tendem a intensificar-se à medida que a velocidade aumenta”, começa por enquadrar o diretor técnico da CEMB.
“Estes efeitos não apenas afetam o conforto e a segurança da condução, como, também, podem provocar o desgaste acelerado de alguns componentes. Nas motos, os componentes propensos a desgaste prematuro são os rolamentos de roda e da direção, bem como aos tubos do garfo, que podem ter de lidar com stress anormal devido a vibrações”, acrescenta.
Segundo diz “o desequilíbrio da roda ocorre quando o eixo de rotação não coincide com o eixo geométrico devido à distribuição de massa da roda. O equilíbrio serve para corrigir este desalinhamento através da adição de pesos para garantir que o eixo geométrico da roda coincide com o eixo de rotação imposto pelos rolamentos”.
Esta introdução é crucial para se compreender a relação entre o desequilíbrio medido numa roda e o seu eixo de rotação. O eixo da roda montada num balanceador deve estar alinhado com o da roda da moto, com tolerâncias reduzidas a apenas alguns centésimos de milímetro.
Tipos de desequilíbrio
Os desequilíbrios das rodas podem ser divididos em vários tipos, dependendo da distribuição de massa que os provoca e dos efeitos sentidos, que aumentam com a velocidade.
“Desequilíbrio estático: faz com que a roda oscila, resultando num irritante saltar durante a condução. Ocorre quando a massa é distribuída simetricamente em torno do eixo de rotação, mas desigual ao longo da circunferência. Quando a roda estiver livre para rodar, tenderá a parar com o centro de massa na posição mais baixa”, explica o diretor técnico da CEMB.
“Desequilíbrio de casal: faz com que a roda oscile. Acontece quando duas massas iguais estão simetricamente posicionadas em relação ao plano médio da roda, gerando duas forças iguais, mas opostas”, frisa.
“Desequilíbrio dinâmico: sentido quando uma roda está desequilibrada devido a uma combinação de desequilíbrios estáticos e de casal”, dá conta o responsável.
De acordo com o nosso interlocutor, “os desequilíbrios dinâmicos e de casal só se manifestam quando a roda está em movimento e exigem ferramentas de medição, como os equilibradores de rodas, para detetar e corrigi-los, aplicando contrapesos em dois planos”.
Equilibragem de rodas de motos
Os requisitos de equilíbrio diferem entre as rodas da frente e de trás numa moto. Paradoxalmente, equilibrar a roda traseira é, muitas vezes, mais importante do que equilibrar a dianteira.
“Embora as jantes dianteiras raramente excedam as 3,5”, as traseiras podem chegar até às 6”. Nestes casos, o equilíbrio dinâmico, que tem em conta as diferenças de massa fora do plano médio da roda, torna-se essencial”, refere.
“Para as rodas dianteiras, o equilíbrio estático é, muitas vezes, suficiente, ao passo que para as rodas traseiras, o equilíbrio dinâmico é, regra geral, o necessário”, diz.
Métodos de balanceamento
Drop Balancer: a roda é montada num eixo horizontal e pode rodar livremente. O centro de massa posiciona-se naturalmente no ponto mais baixo e os pesos são adicionados do lado oposto até que a roda estabilize.
Este método tem limitações significativas, como a incapacidade de equilibrar as rodas do braço oscilante de um dos lados. Adicionalmente, mesmo o atrito mínimo nos rolamentos das rodas pode comprometer a precisão de ajuste. Este método apenas corrige o desequilíbrio estático.
Rotating Shaft Balancer: Equilibrador de eixo rotativo (tipo automóvel): adequado para rodas de braço oscilante unilateral, este método utiliza equipamento com eixo reduzido em que a roda é centrada utilizando cones.
No entanto, este método pode introduzir erros substanciais devido à pressão exercida pelos braços de suporte da ferramenta de acionamento, o que pode deformar ligeiramente o veio, alterando os resultados da dinâmica de equilíbrio.
Fixed Shaft Balancer: é o método mais preciso disponível no mercado. A roda é gira sobre os seus rolamentos através de um rolo motorizado, garantindo que o eixo de rotação reproduz a situação real na moto. Este sistema deteta desequilíbrio estático e dinâmico e é a única solução que garante a eliminação completa das vibrações.
Considerações finais
“Drop Balancer: correção estática com baixa precisão, não é adequada para rodas de braço oscilante unilateral”, afirma o responsável.
“Automotive Type Balancer: aceitável para estática de desequilíbrio, mas impreciso para desequilíbrio dinâmico”, conta.
“Fixed Shaft Balancer: a solução mais fiável para medições e correções estática e dinâmica de desequilíbrio, adequado para qualquer tipo de roda”, enfatiza.
A CEMB apresenta a ER BIKE, a evolução moderna da histórica K22, concebida para oferecer um perfeito equilíbrio entre precisão e fiabilidade a cada lançamento.
“Exibindo um design ergonómico e soluções tecnológicas de ponta, a ER BIKE destaca-se como uma das poucas soluções do mercado para equilíbrio dinâmico de rodas de motos”, revela o diretor técnico da CEMB.
E conclui: “Apoiada por décadas de experiência da CEMB, representa a simbiose perfeita entre tradição e inovação, garantindo um excelente desempenho para profissionais. Para o operador que trabalha no segmento das duas rodas, o equilíbrio dinâmico é, hoje, um requisito essencial para garantir segurança e desempenho superior”.
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