No mundo dos automóveis de elevado desempenho, a colaboração entre a Brembo e a Bugatti é uma prova da excelência da engenharia. “A sinergia entre duas marcas de renome do mundo automóvel uniu-se para equipar o Bugatti Bolide com um sistema de travagem que redefine os limites da tecnologia e do desempenho”, explica a Brembo.
O Bugatti Bolide, um hipercarro exclusivo para pista, é o culminar da dedicação de um século da Bugatti à perfeição automóvel. Com o seu motor W16 e design leve, o Bolide ultrapassa os limites do que é possível na pista.
Projetado para ser a melhor arma de circuito, conta com um motor W16 de 8,0 litros com quatro turbocompressores, capaz de produzir 1.850 cv potência. Com uma relação peso/potência de apenas 0,67 kg/cv, o Bolide promete uma experiência de condução incomparável.
“Pará-lo não é fácil”
“O Bugatti Bolide é um projeto único e muito emocionante para a Divisão de Desempenho da Brembo – é realmente diferente de qualquer outro carro de corrida. Por isso, pará-lo não é tarefa fácil. No entanto, foi um desafio envolvente”, afirma Mario Almondo, diretor de Operações da Brembo Performance.
“Para realmente facilitar o desempenho máximo, tivemos de (re)projetar todo o sistema para lidar com as características incríveis, mas exigentes, do carro. A pinça dianteira, por exemplo, é uma verdadeira obra-prima de engenharia e a maior que já instalamos num carro de corrida”, diz.
“No entanto, os compostos de carbono que usamos nos discos e nas pastilhas são muito semelhantes aos dos carros de Fórmula 1. O que significa que, apesar do tamanho e da potência do Bolide, conseguimos produzir o design mais leve possível. Uma conquista da qual estamos muito orgulhosos”, sublinha o responsável.
Maiores travões da Brembo
A parceria entre a Brembo e a Bugatti nasceu de um compromisso de alcançar o extraordinário. “Juntos, embarcámos numa jornada para criar um sistema de travagem capaz de lidar com a potência e a velocidade sem precedentes do Bolide. Projetar travões para o Bolide não foi uma tarefa fácil”, refere o comunicado.
“Os engenheiros da Brembo ficaram encarregues de desenvolver o maior sistema de travagem de carbono já produzido, que pudesse oferecer desempenho consistente nas condições mais exigentes”, reforça.
“A solução da Brembo foi desenvolver um sistema de travagem que pudesse suportar temperaturas superiores a 1.000°C, típicas da desaceleração extrema em altas velocidades. O sistema também precisava de ser leve para manter a agilidade e a manobrabilidade do Bolide”, reforça fonte da Brembo, no mesmo comunicado documento.
“Uma classe própria”
No centro do poder de travagem do Bolide estão os travões dianteiros personalizados, com duas pinças monobloco de oito pistões e enormes discos de carbono de 390 mm x 37,5 mm. “A configuração traseira é igualmente impressionante, com pinças de seis pistões e discos de carbono de 390 mm x 34 mm, garantindo uma força de travagem incomparável”, garante a Brembo.
A cooperação da Bugatti com a Brembo melhorou muito o arrefecimento do sistema de travões. “Este desenvolvimento estratégico foi vital, tendo em conta a energia e o binário libertados pelo Bugatti Bolide, especialmente nas rodas dianteiras, durante sessões de pista rigorosas. Ao resolver isso, 85-90% do fluxo de ar é direcionado para os discos e pastilhas, com uma porção menor atingindo as pinças”, explica a Brembo.
Abrangendo um período de dois anos, a riqueza de dados recolhidos a partir de simulações, sessões rigorosas de dinamómetro e análises minuciosas realizadas em pistas, em todo o mundo, foram, sistematicamente, canalizadas de volta para os engenheiros da Brembo.
“O sistema de travões do Bolide não envolve apenas pinças, pastilhas e discos, é uma mistura harmoniosa de precisão de engenharia. Uma abordagem holística garante que cada componente funcione como um só”, dá conta.
“Isto inclui cilindros mestres personalizados e fluidos especialmente formulados que contribuíram para refinar ainda mais a dinâmica do Bolide”, acrescenta. Esta parceria levou à conceção de um sistema de travagem único e uma verdadeira obra-prima de engenharia”, remata.
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