“Apesar dos esforços para reduzir o consumo de combustível, as emissões dos veículos motorizados continuam a aumentar. Mais de um décimo das emissões globais de CO2 relacionadas com a utilização de energia pode ser atribuído a automóveis de turismo, sendo quase a mesma parte originada por veículos comerciais”, começa por explicar a BorgWarner.
“As propostas recentes da União Europeia visam descarbonizar totalmente o setor automóvel ligeiro até 2035 e uma meta semelhante para veículos pesados está a ser planeada. Para atingir essas metas, a dependência do gasóleo e da gasolina deve ser substituída por opções de energia mais limpas e eficientes”, acrescenta.
De acordo com o gigante norte-americano, “um veículo equipado com célula de combustível a hidrogénio (H2FC) e motor de combustão interna a hidrogénio (H2 ICE) têm o potencial de reduzir as emissões de CO2 para zero. Os dados de um veículo comercial de 40 toneladas equipado com cada um desses trens de força são comparados com os de um veículo elétrico a bateria (BEV)”.
Porquê escolher o hidrogénio? “Em comparação com o BEV, um trem de força a hidrogénio tem a vantagem de ser mais leve, o que torna o veículo mais eficiente em termos de energia e aumenta a sua capacidade de transporte de carga. O reabastecimento também é mais rápido”, diz.
E prossegue: “Um veículo comercial movido a hidrogénio pode ser abastecido em cerca de 20 minutos, enquanto a recarga de um BEV demora quase duas horas, mesmo com uma taxa de carga de pico de 1 MW”.
Segundo revela, “o H2 ICE é uma solução de transmissão rápida para o mercado que requer apenas pequenos ajustes no motor de combustão interna existente para atingir as metas de zero emissões de CO2 e os regulamentos de emissões futuras”.
A BorgWarner atua como fornecedora de soluções de tecnologia de hidrogénio para os OEM em todos os segmentos de veículos.
Desde automóveis de turismo a transportes comerciais ligeiros e pesados, passando por veículos on e off road, os clientes têm acesso a componentes individuais ou aplicações completas que integram todo o sistema de injeção de hidrogénio, incluindo controlador, software e calibração.
Segundo afirma, “é possível adaptar os motores de combustão interna existentes para operar com hidrogénio utilizando uma arquitetura de sistema de injeção direta de média pressão”. Mais: “A BorgWarner desenvolveu novos injetores de combustível, bem como hardware e software de control, para esse fim e produziu um modelo funcional de um H2ICE”.
No mesmo whitepaper dedicado ao hidrogénio, pode ler-se que “tal demonstrou que as emissões de CO2 e NOx podem ser reduzidas para níveis próximos de zero, utilizando o hidrogénio como alternativa ao gasóleo ou à gasolina”. E que “pode, portanto, ser considerada uma solução de trem de força viável para aplicações no setor automóvel, estando apta a suportar a rápida descarbonização do setor”.
De acordo com a BorgWarner, “além de veículos rodoviários, a tecnologia do hidrogénio também pode ser utilizada em aplicações agrícolas, de aviação, de construção, marítimas e/ou recreativas”.
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