“Química e sustentabilidade são uma combinação perfeita, tal como a BASF reconhece há muito tempo. Como empresa química líder mundial, fornecemos soluções inovadoras que dão uma contribuição importante para apoiar a transformação sustentável da sociedade e a utilização ideal de recursos limitados”, afirmou Melanie Maas-Brunner, membro do Conselho de Diretores Executivos e Diretora de Tecnologia da BASF, na Conferência de Imprensa de Pesquisa da empresa.
“A BASF desenvolve, continuamente, produtos e tecnologias novas e ainda mais sustentáveis. “Isto é possível graças ao nosso poder de inovação único, cujo sucesso é evidente em numerosos indicadores”, disse Maas-Brunner.
Nos últimos anos, a empresa tem aumentado as vendas geradas com produtos lançados no mercado nos últimos cinco anos, decorrentes de atividades de I&D, que subiram para cerca de 12 mil milhões de euros em 202”, acrescentou.
Este poder de inovação também se reflete nos mais de 1.000 pedidos de patentes depositados no ano passado. “Estou particularmente satisfeita pelo facto de 40% destas patentes serem invenções com um foco particular na sustentabilidade e 20% estarem relacionadas com a digitalização”, disse Maas-Brunner.
Cerca de 10.000 colaboradores de pesquisa e desenvolvimento em todo o mundo contribuíram para estes sucessos. “Como Diretora de Tecnologia, estou muito orgulhosa desta equipa de pesquisa e desenvolvimento altamente qualificada”, revelou.
Um projeto de pesquisa atual que Maas-Brunner discutiu em detalhe foi o desenvolvimento de materiais que melhoram, significativamente, a eficiência de eletrólise da água. A eletrólise da água é usada para produzir hidrogénio livre de CO2, essencial para a transformação da indústria química.
Sustentabilidade transparente
Para apoiar os seus clientes na jornada para uma maior sustentabilidade, a empresa desenvolveu um método reconhecido internacionalmente que utiliza para avaliar continuamente o seu portefólio de produtos: Sustainable Solution Steering, também conhecido como TripleS.
Com esse método de avaliação, a BASF analisa a contribuição de sustentabilidade dos seus produtos e classifica-os em cinco categorias: Pioneiro, Contribuidor, Padrão, Monitorizado e Desafiado. Se for constatado que os produtos apresentam um déficit considerável em termos de sustentabilidade (Desafiado), a BASF retira-os do mercado em cinco anos.
Em 2023, a BASF lançou um método TripleS revisto, que tornará o seu portefólio de produtos ainda mais alinhado com a proteção climática, a eficiência de recursos e a economia circular. O Relatório BASF 2023, que será publicado a 23 de fevereiro de 2024, especificará a proporção das vendas geradas em cada uma dessas cinco categorias.
A empresa estabelecerá uma nova meta para a parcela de vendas a ser gerada com produtos das duas categorias mais altas (Pioneer e Contributor). “Com o TripleS, estamos a medir, de forma transparente, a sustentabilidade das nossas atividades e como estamos a melhorar”, sublinhou Maas-Brunner.
Com exemplos de cinco produtos e tecnologias inovadoras, os especialistas da BASF demonstraram como clientes de diversos setores podem alcançar melhor as suas metas de sustentabilidade.
Estradas melhores
As estradas em todo o mundo estão sujeitas a tensões cada vez maiores, incluindo o aumento do tráfego pesado e condições climatéricas mais extremas. Como resultado, as estradas geralmente precisam de ser substituídas após 10 a 12 anos.
Com o B2Last (Bitumen to Last), a BASF desenvolveu um aditivo de betume inovador que melhora a durabilidade das estradas e reduz a pegada de carbono durante a construção.
O aditivo – sistema reativo baseado em isocianatos – reticula os componentes individuais do betume para criar uma rede polimérica. O que melhora as propriedades elásticas do betume, proporcionando à estrada maior durabilidade e melhor resistência à fissuração – tanto a altas como a baixas temperaturas.
A BASF conseguiu confirmar isso em extensos testes realizados com parceiros académicos.
A utilização do novo aditivo também leva a uma redução de 65% nas emissões de betume durante a construção de estradas porque a pavimentação pode ser feita a temperaturas mais baixas.
Além disso, o aditivo da BASF contribui para a redução das emissões de CO2 porque as estradas precisam de ser pavimentadas com menos frequência e porque é necessária menos energia durante a produção e a pavimentação.
Mais: o uso do B2Last permite que uma proporção maior de asfalto recuperado (asfalto reciclado) seja adicionada à mistura asfáltica. Isto reduz a quantidade total de energia, recursos e emissões de CO2 que estariam associadas à produção de nova mistura asfáltica.
Aerodinâmica aprimorada
Quando um avião tem menor resistência ao ar, o seu consumo de combustível e, portanto, as suas emissões de CO2 também diminuem. Desde a década de 1980, os pesquisadores procuram soluções para reduzir o arrasto aerodinâmico. A inspiração também pode ser encontrada na natureza: a pele de um tubarão, por exemplo, que apresenta pequenas saliências na superfície que reduzem o arrasto quando o tubarão nada na água.
“Agora, pesquisadores da BASF e da Lufthansa Technik alcançaram um avanço com o desenvolvimento do NovaFlex SharkSkin. Este filme funcional reduz o arrasto nas superfícies, é resistente aos raios UV e pode suportar rápidas mudanças de temperatura e stress mecânico”, adianta a empresa, em comunicado.
Proteger as colheitas
As ervas daninhas em terras agrícolas podem levar a perdas de colheitas de 30% ou mais. Os agricultores geralmente controlam as ervas daninhas pulverizando todo o campo com herbicidas numa dose padrão. Para permitir um controlo de ervas daninhas mais preciso e sustentável, a BASF e a Bosch desenvolveram o One Smart Spray ao abrigo de uma joint venture.
“One Smart Spray é uma solução inovadora e integrada de hardware e software. Usando a plataforma agronómica digital xarvio, da BASF, oferece deteção e tratamento automatizados de ervas daninhas em tempo real em culturas em linha.
Através do processo de desenvolvimento, a equipa de pesquisa do produto criou um módulo de software adicional dedicado com lógica exclusiva de limite de deteção de ervas daninhas, incluindo recomendações de controlo de ervas daninhas”, pode ler-se no mesmo documento.
“A Bosch complementa a tecnologia com câmaras, sensores e algoritmos de alta tecnologia para deteção de plantas e ervas daninhas. Tal fornece aos agricultores uma estratégia personalizada de aplicação de herbicidas para o melhor momento, produto e dosagem”, explica a BASF.
Nos últimos anos, a BASF e a Bosch testaram o One Smart Spray com agricultores na América do Norte, América do Sul e Europa, desenvolvendo uma ferramenta de precisão. Pode controlar económica e ecologicamente mais de 650 tipos de ervas daninhas no cultivo de soja, girassol, algodão, milho e canola.
Quando pulverizadores agrícolas equipados com One Smart Spray são usados no campo, a tecnologia recolhe e processa mais de um milhão de pontos de dados por hectare. Em milissegundos, deteta se uma erva daninha está presente e aplica o herbicida somente onde for necessário. Dependendo das condições de cultivo e da pressão das ervas daninhas, isso pode resultar numa economia de volume de herbicida de dois terços ou mais.
Materiais para o futuro
Os veículos elétricos carregados com eletricidade verde não produzem quaisquer emissões quando são conduzidos. No entanto, o fabrico desses veículos exige muitos recursos, assim como a produção dos materiais ativos catódicos (CAM) necessários para suas baterias.
“A BASF pretende, portanto, reduzir, significativamente, a pegada ambiental dos materiais das suas baterias ao longo de toda a cadeia de valor. O foco está em três áreas: o próprio CAM, o processo de produção e a reciclagem de materiais de baterias em fim de vida”, avança a empresa.
“Os materiais ativos catódicos inovadores são um fator determinante no desempenho, na segurança e no custo das modernas baterias de iões de lítio em veículos elétricos. Na sua pesquisa e desenvolvimento, a BASF conta com vários métodos que têm uma influência decisiva nas propriedades dos materiais das baterias”, explica.
“O que inclui a composição dos materiais, vários tamanhos e distribuições de partículas e ajustes na porosidade e nas propriedades da superfície. A empresa é, portanto, capaz de dar resposta às necessidades individuais dos clientes.”, acrescenta.
E conclui: “Uma alavanca importante para tornar os materiais das baterias mais sustentáveis é o aumento da utilização de metais reciclados, como lítio, níquel, cobalto e manganês. Melhorar o rendimento desses metais nos processos de reciclagem e, ao mesmo tempo, reduzir o uso de produtos químicos, é outra área de foco da pesquisa de materiais para baterias da BASF”.
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