No dia a dia de uma oficina, há peças que, apesar de substituídas, ainda estão em condições de funcionar. Muitas vezes, são componentes trocados por prevenção, ou porque o cliente optou por peças novas, mas que, tecnicamente, mantêm vida útil.
Em vez de irem diretamente para o lixo, podem integrar um “banco de peças testadas”, solução que beneficia tanto a oficina como o cliente.
Reparação mais acessível
A ideia é simples: sempre que uma peça retirada apresenta condições de reaproveitamento, passa por um processo de avaliação. O mecânico analisa desgaste, tolerâncias e funcionamento.
Se for aprovada, é catalogada, registada e armazenada num espaço próprio. Assim, quando surge um cliente com um orçamento mais limitado, a oficina pode propor uma reparação mais acessível, sem comprometer a segurança.
Além da vantagem económica, há, também, um ganho ambiental. Dar uma segunda vida a peças em bom estado reduz o desperdício e contribui para uma oficina mais sustentável — um valor cada vez mais importante junto dos clientes.
Outro ponto-chave é a confiança. Para que o sistema funcione, é essencial que cada peça esteja devidamente identificada, com registo de data de retirada, modelo de viatura e resultado do teste realizado. Um banco organizado transmite profissionalismo e garante que estas peças alternativas não sejam confundidas com sucata.
Stock rápido
Em casos de emergência, o banco pode ainda funcionar como stock rápido, evitando longas esperas por uma encomenda ou a paragem prolongada da viatura. E para a oficina, é, também, uma forma de rentabilizar material que, de outra forma, seria apenas um custo de eliminação.
Criar um Banco de Peças Testadas é, portanto, mais do que uma solução técnica: é uma estratégia de eficiência, proximidade com o cliente e responsabilidade ambiental. Pequenas ideias podem transformar-se em grandes diferenças na gestão de uma oficina moderna.