Automóvel mais antigo do mundo está na Soc. Com. C. Santos

Uma réplica funcional do Benz Patent Motorwagen, considerado o primeiro automóvel de sempre, pode ser observada no showroom da empresa.

As novas instalações da Soc. Com. C. Santos juntam à última evolução de veículos o primeiro automóvel de sempre, o Benz Patent Motorwagen. Esta viatura é uma réplica – que pode circular – do primeiro veículo com motor de combustão com licença para circular na via pública. O Benz Patent Motorwagen foi patenteado a 29 de janeiro de 1886 por Carl Benz e é considerado o primeiro automóvel do mundo.

“A presença do Benz Patent Motorwagen no nosso showroom permite-nos juntar, no mesmo espaço, os veículos mais tecnológicos da atualidade àquele que é considerado o primeiro automóvel do mundo”, afirma Rui Santos da Cunha, responsável de vendas de veículos ligeiros de passageiros da Soc. Com. C. Santos.

“Tudo isto nas nossas novas instalações, que são, também elas, um exemplo da modernidade dos novos dealer standards da Mercedes-Benz. Convidamos todos a conhecerem esta réplica funcional do Patent Motorwagen na Soc. Com. C. Santos”, acrescenta.

Inovações técnicas… antigas

A patente – número 37435 – é considerada como a certidão de nascimento do automóvel. Carl Benz projetou o veículo como um triciclo porque não estava satisfeito com os sistemas de direção disponíveis na altura para viaturas de quatro rodas.

O motor de 954 cc monocilíndrico de quatro tempos tinha menos de 1 cv de potência (0,75 cv, mais concretamente) e a velocidade máxima era de apenas 16 km/h, mas foi o arranque de mais 136 anos de história automóvel.

“O Benz Patent Motor Car foi conduzido, pela primeira vez em público, no dia 3 de julho de 1886, na Ringstrasse, em Mannheim. Ao contrário dos seus concorrentes, Benz procurou uma abordagem integrada no desenvolvimento do Patent Motorwagen: o motor, o chassis e os componentes da transmissão foram ajustados entre si para formarem uma única unidade.

https://www.youtube.com/watch?v=3lJQSxpnKTE

“O motor, com um peso de cerca de 100 kg, era muito leve para os padrões da época. A unidade monocilíndrica era simples, mas tinha todos os detalhes essenciais ainda hoje encontrados na maioria dos motores de combustão interna: cambota com contrapesos, ignição elétrica e refrigeração a água”, recorda a empresa.

“Outras características incluíam cilindro com cárter aberto, válvula de admissão controlada por uma biela excêntrica e válvula reguladora acionada por um disco de excêntricos, entre outras inovações”, frisa.

O carburador de superfície desenvolvido por Carl Benz, contendo um abastecimento de 4,5 litros de gasolina, servia para a preparação da mistura. Para percorrer uma distância de 100 km, o Patent Motorwagen precisava de cerca de 10 litros de gasolina.

O chassis do Patent Motor Car era feito de tubo de aço dobrado e soldado. O veículo tinha tração traseira e a direção era ativada através da roda dianteira. Transmissão com mais do que uma velocidade, travão de pé (era acionado com uma alavanca manual) e marcha-atrás ainda não faziam parte do “equipamento” de série do modelo.

Primeira viagem foi símbolo de igualdade de género

“A primeira grande viagem do Patent Motorwagen aconteceu em 1888 e foi um símbolo da igualdade de género e da emancipação feminina. Em agosto desse ano, Bertha Benz (mulher de Carl Benz) e os seus dois filhos, Eugen (15) e Richard (14), embarcaram na primeira viagem de automóvel de longa distância da história”, conta.

“O trajeto incluiu alguns desvios e levou os viajantes de Mannheim a Pforzheim (cidade natal de Bertha). Com esta viagem de 180 km (ida e volta), Bertha Benz validou o conceito do automóvel. Em 2019, a Mercedes-Benz divulgou um vídeo (ver acima) em que homenageia a viagem protagonizada por Bertha Benz”, acrescenta.

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