A crise económica provocada pela covid-19 tem sido particularmente grave para o setor automóvel, cujo mercado regista quebras nas vendas acima dos 32% face a 2019. Mas perante este cenário, há tendências que se mantêm quase inalteradas. Uma delas, é a atração pela compra de veículos usados em período de crise.
“Numa média a nível global, 25% das próximas compras será efetuada neste mercado. Os portugueses, polacos, sul-africanos, holandeses e franceses são os que, em maior número, ponderam esta hipótese”, explica o Observador Cetelem.
E acrescenta: “Chineses, espanhóis e japoneses rejeitam esta perspetiva, numa percentagem de cerca de 90%. Esta tendência permanece de tal forma que, nos primeiros meses de pandemia e face ao período homólogo, a Alemanha registou uma quebra nos registos de veículos novos de 64%, mas de apenas 11% nos veículos usados”.
Num contexto em que a tensão económica teve forte impacto nas famílias, o “mercado de usados faz a diferença, uma vez que requer um orçamento menor para gastar na compra face à aquisição de um veículo novo”, frisa.
Os argumentos para esta aposta nos usados? “A diferença de preço, em comparação com um novo (48%) e o facto de um novo modelo desvalorizar de forma mais rápida (34%)”, revela o estudo.
“Dentro dos veículos usados há uma categoria que se destaca em particular: os usados com menos de um ano. Cerca de um em cada quatro inquiridos considera-o ‘um bom compromisso’ e um em cinco, uma maneira económica de mudar a gama”, refere.
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