A Audi prepara-se para celebrar, em 2026, os 50 anos de um dos seus maiores símbolos: o motor de cinco cilindros. Estreado em 1976 no Audi 100, com 136 cv, esta arquitetura rapidamente se tornou “sinónimo de inovação, desempenho e uma sonoridade única — a sequência de ignição 1-2-4-5-3 que, hoje, é parte da identidade sonora da marca”, segundo descrição da própria Audi.
O legado prolongou-se por motores atmosféricos, turbocomprimidos, versões Diesel e blocos de competição que fizeram história nos ralis e em Pikes Peak.
Compacto e equilibrado
O motor de cinco cilindros foi a resposta da Audi à necessidade de maior desempenho num modelo posicionado acima do seu antecessor. “Compacto, equilibrado e baseado no então recente EA 827, oferecia potência e eficiência num formato ideal para tração dianteira e integral”, diz a marca.
O sucesso abriu caminho a evoluções marcantes: “Em 1978, surgiu o primeiro Diesel de cinco cilindros. Logo depois, o primeiro cinco cilindros turbo, que equipou o Audi 200 5T e, mais tarde, o lendário quattro de 1980”, recorda.
Com 200 cv, tração permanente e enorme potencial em competição, o quattro marcou para sempre o desporto automóvel, garantindo títulos mundiais de ralis com Hannu Mikkola e Stig Blomqvist.
O auge competitivo chegou com o Sport quattro e o brutal S1, que, em Pikes Peak de 1987, levou Walter Röhrl à vitória num carro com quase 600 cv. Já nos EUA, os cinco cilindros continuaram a impressionar no Trans-Am e no IMSA GTO, onde potências acima dos 700 cv mostraram a versatilidade do conceito.
Trunfo do som
Após um período de menor presença nos anos 90, o regresso em força chegou em 2009 com o Audi TT RS. “A partir de 2,5 litros, o cinco cilindros passou a debitar 340 cv, evoluindo, depois, para 360 cv e, em 2016, para os 400 cv que ainda hoje definem o atual 2.5 TFSI”, pode ler-se no mesmo documento.
Montado artesanalmente em Győr, na Hungria, este bloco utiliza construção leve, injeção dupla, valvelift e um turbocompressor de alta pressão para garantir resposta imediata, eficiência e aceleração de 0 a 100 km/h em 3,8 segundos no Audi RS 3.
A sonoridade continua a ser um dos grandes trunfos: “Grave, ritmada e inconfundível, reforçada por válvulas de escape de atuação variável e pelo sistema de escape desportivo RS”, sublinha a Audi. E termina: “O resultado é uma assinatura emocional que une cinco décadas de evolução técnica”.
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