A Audi está a alargar a sua oferta de motorizações para os modelos Audi Q5 e Audi A6 com um novo motor Diesel V6 de 3,0 litros, que debita 220 kW (299 cv) e 580 Nm de binário.
Pela primeira vez, a tecnologia MHEV plus, que proporciona até 18 kW (24 cv) de potência adicional, é combinada com um compressor elétrico. Este motor estabelece, assim, novos padrões face às gerações anteriores.
“A interação entre os três componentes eletrificados garante uma experiência de condução envolvente e uma performance altamente eficiente. Em Portugal, a motorização V6 TDI quattro 220 kW estará, brevemente, disponível apenas nos A6 Limousine e Avant”, explica a marca alemã.
“Com a tecnologia MHEV plus, a Audi oferece uma eletrificação parcial que melhora tanto a performance como a experiência de condução, enquanto reduz as emissões de CO₂ e o consumo de combustível”, acrescenta.
Segundo diz, “a base deste sistema é composta pelo motor elétrico, pelo alternador/motor de arranque acionado por correia e por uma bateria de fosfato de ferro e lítio”.
Circular em modo elétrico
A principal função do alternador/motor de arranque é dar início ao funcionamento do motor e fornecer energia elétrica à bateria. O gerador (motor elétrico) permite uma condução parcialmente elétrica, o que significa que, em tráfego urbano lento, durante manobras de estacionamento ou em circulação fluida fora das zonas urbanas, o veículo pode circular, exclusivamente, em modo elétrico.
O motor elétrico disponibiliza, ainda, 230 Nm adicionais de binário e até 18 kW (24 cv) de potência extra durante o arranque e em manobras de ultrapassagem. Em fase de desaceleração, é capaz de recuperar até 25 kW de energia, que é devolvida à bateria.
“No evoluído motor V6 TDI de 3,0 litros, a tecnologia MHEV plus é, agora, ampliada com a introdução, pela primeira vez, de um compressor elétrico – um avanço tecnológico que permite alcançar o equilíbrio ideal entre uma experiência de condução dinâmica e um consumo de combustível otimizado”, refere o comunicado.
“Simultaneamente, o compressor elétrico passa a ser parte integrante do sistema de gestão do motor e da nova estratégia de combustão desenvolvida pela marca. Este componente apoia o turbocompressor num conceito de sobrealimentação em dois níveis, com máxima precisão”, dá conta.
E vai mais longe: “Em combinação com a eletrificação MHEV plus – composta pelo alternador /motor de arranque e pelo gerador – o motor V6 TDI EA897evo4 oferece desempenho excecional em todas as situações de condução: desde o arranque , à aceleração fora das localidades, ultrapassagens e condução em autoestrada”.
Vanguarda da técnica
O compressor elétrico elimina o atraso de resposta do turbocompressor (turbo lag), proporcionando elevados níveis de binário a baixas rotações do motor. O resultado traduz-se num consumo de combustível significativamente inferior face à geração anterior do motor.
A capacidade de resposta na fase inicial de aceleração também foi substancialmente melhorada: nos primeiros 2,5 segundos, o veículo percorre mais do que o comprimento de um automóvel adicional.
Enquanto o alternador/motor de arranque liga o motor e o assiste na subida de rotações, o motor elétrico e o compressor elétrico fornecem o binário necessário para a aceleração.
Durante este processo, o compressor elétrico reforça o aumento da pressão de sobrealimentação, ao passo que o gerador transmite o primeiro impulso direto de binário para as rodas.
O compressor elétrico está posicionado a jusante do turbocompressor convencional e do intercooler, no circuito de admissão. É alimentado pelo sistema elétrico de bordo de 48 Volt.
Eficácia superior
“Existindo uma elevada solicitação de carga a partir do pedal do acelerador e a energia disponível no lado da turbina é ainda reduzida, o fluxo de ar de admissão é desviado para o compressor elétrico”, afirma a Audi.
“Nesse ponto, o ar — já comprimido pelo turbocompressor acionado pelos gases de escape — é ainda mais comprimido antes de entrar na câmara de combustão”, reforça.
“Em comparação com modelos anteriores equipados com compressor elétrico, como os S4, S6 e SQ5, a geração atual é, significativamente, mais potente, graças a uma faixa de funcionamento mais ampla e a um aumento mais rápido da pressão de sobrealimentação”, explica.
Mais: “Este avanço é possível graças ao design otimizado do fluxo de ar no compressor e ao motor síncrono de ímanes permanentes que o aciona, em conjugação com uma melhoria na admissão de ar para os seis cilindros”.
No mesmo documento, pode ler-se: “Enquanto nas versões anteriores o compressor elétrico trabalhava apenas num espectro limitado de regimes do motor, a nova geração funciona ao longo de toda a faixa de rotações”.
Combustível HVO
De acordo com a Audi, “este sistema garante uma resposta rápida e linear, uma aceleração em regimes intermédios ainda mais impressionante, com uma sensação de resposta imediata sobre o pedal do acelerador; maior eficiência e durabilidade melhorada a longo prazo”.
O novo motor Diesel V6 TDI está homologado para a utilização de combustível HVO, conforme a norma europeia EN 15940 – identificada pelo autocolante XTL na tampa do depósito de combustível.
XTL (X-to-liquid) é um termo genérico para combustíveis que cumprem esta norma, sendo o “X” representativo de uma fonte de origem variável. HVO significa óleo vegetal hidrotratado (Hydrotreated Vegetable Oil, na sigla em inglês).
Este combustível sustentável permite uma redução entre 70 e 95% nas emissões de CO₂, em comparação com o gasóleo de origem fóssil. O HVO é produzido a partir de resíduos e materiais reciclados, como óleo de cozinha proveniente da indústria alimentar ou subprodutos agrícolas.
Através de um processo com hidrogénio, estes óleos são convertidos em hidrocarbonetos alifáticos saturados, alterando, assim, as suas propriedades para torná-los adequados à utilização em motores Diesel.
Podem ser misturados com gasóleo convencional, substituindo, parcialmente, os componentes fósseis, ou utilizados como combustível 100% puro. Os veículos novos produzidos nas fábricas da Audi em Ingolstadt e Neckarsulm, na Alemanha, são entregues com combustível HVO no depósito.
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