Alinhamento à vista: técnicas simples para detetar desvios na direção

Um volante torto ou desgaste irregular nos pneus podem ser sinais de desalinhamento. Com olhos treinados, é possível agir cedo.
Check-up Media steering wheel

Nem sempre é preciso um banco de alinhamento para perceber que algo está fora do sítio. Em muitos casos, um mecânico atento consegue identificar desvios na direção com base em sinais visuais e sensoriais simples para, assim, prevenir um desgaste acelerado dos pneus ou um comportamento instável do veículo.

O primeiro passo é observar o desgaste dos pneus. Se um dos lados do pneu estiver mais gasto do que o outro, sobretudo nas extremidades, pode haver um problema de convergência ou divergência. Quando o desgaste surge em forma de “escama” ou “dente de serra”, o problema está, regra geral, associado a um desalinhamento progressivo.

Volante dá pistas

Também o volante pode dar pistas. Um volante que não fica centrado ao seguir em linha reta ou que puxa para um dos lados, levanta suspeitas. O mesmo se aplica a ligeiras vibrações sentidas ao conduzir — sinais que devem ser comunicados ao cliente e analisados com mais atenção.

Outro teste útil é o “teste do rolamento livre”. Com o veículo num piso plano, o mecânico pode empurrá-lo suavemente em linha reta, observando se há desvios laterais sem interferência na direção. Um ligeiro desvio pode indicar desalinhamento, especialmente em viaturas que sofreram, recentemente, um impacto, como subir um passeio ou passar por cima de um buraco.

Com o carro elevado, a verificação da geometria pode continuar com um fio esticado entre as extremidades das rodas dianteiras e traseiras, para ver se há desalinhamento visível. Apesar de rudimentar, este método pode ajudar a confirmar suspeitas iniciais e justificar um pedido de alinhamento mais preciso.

Posição das rodas

Outro truque antigo, mas eficaz, passa por marcar a posição das rodas com giz e fazer o carro rolar um pouco para ver se o traçado das marcas se mantém ou se diverge. É um método de inspeção visual que, apesar de básico, pode ser muito útil numa primeira triagem.

Claro que nenhum destes métodos substitui o rigor de um alinhamento em bancada eletrónica. Mas em oficinas sem esse equipamento, ou numa análise inicial, estas técnicas podem ajudar a tomar decisões rápidas e bem fundamentadas.

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