Quando o relógio se aproxima da hora de fecho, muitos já pensam em desligar tudo e sair. Mas um pequeno gesto pode fazer uma grande diferença: a ronda de qualidade ao fim do dia de trabalho. É um hábito simples, mas que separa as oficinas realmente profissionais das que vivem a “apagar incêndios” no dia seguinte.
Técnico designado
A ronda consiste numa inspeção rápida — de cinco a 10 minutos — em que um responsável ou técnico designado percorre toda a oficina antes de fechar. O objetivo não é fiscalizar, mas garantir que tudo fica em ordem: ferramentas no sítio, veículos protegidos, elevadores descidos, compressores desligados, produtos químicos guardados e áreas limpas.
Trata-se de uma medida de segurança e prevenção. Pequenos descuidos, como uma ficha ligada ou um pano embebido em óleo junto de uma fonte de calor, podem provocar acidentes sérios. Além disso, uma oficina bem arrumada transmite confiança e profissionalismo logo de manhã, tanto à equipa como aos clientes que entram cedo.
Gestão e planeamento
Algumas empresas dão um passo extra e associam a ronda de qualidade a uma checklist diária, afixada junto à porta principal. Cada item assinalado reforça o compromisso coletivo com a qualidade e permite registar observações — como peças pendentes, ferramentas danificadas ou reparações por concluir. Com o tempo, este registo torna-se numa ferramenta útil de gestão e planeamento.
A ronda de qualidade é, no fundo, um momento de transição: fecha-se o dia com tranquilidade, garante-se que o trabalho ficou bem feito e prepara-se o terreno para um arranque eficiente no dia seguinte.