Os sensores de estacionamento tornaram-se parte essencial da segurança automóvel, ajudando a evitar toques, arranhões e sustos em manobras apertadas. Mas poucos condutores — e até alguns técnicos — sabem que uma simples reparação na carroçaria pode comprometer a sua precisão.
Sempre que há substituição de um para-choques, repintura ou mesmo desmontagem para acesso a outros componentes, surge a dúvida: é preciso recalibrar?
Sensibilidade extrema
A resposta é, na maioria dos casos, sim. Estes sensores, sejam ultrassónicos ou baseados em radar, funcionam com uma sensibilidade extrema e estão calibrados para o ângulo exato e a profundidade específica de montagem.
Uma pintura demasiado espessa, uma ligeira torção no suporte ou até uma sujidade residual no encaixe podem alterar o feixe de emissão, resultando em leituras imprecisas — como o alarme disparar sem obstáculo à vista ou, pior, não reagir quando deveria.
Diagnóstico específico
A recalibração é um processo rápido e cada vez mais necessário nas oficinas modernas. Pode exigir equipamento de diagnóstico específico, que coloca o sistema em modo de aprendizagem e valida a resposta de cada sensor com base na distância real. Algumas marcas fornecem softwares próprios ou instruções detalhadas sobre os parâmetros ideais.
Ignorar esta etapa pode comprometer não apenas o conforto, mas, também, a segurança. Um sensor desalinhado pode afetar sistemas de assistência mais complexos, como o estacionamento automático ou o alerta de colisão traseira.
Assim, sempre que um veículo passa por uma reparação na zona dos sensores — mesmo que aparentemente menor — deve ser feita uma verificação e, se necessário, a recalibração. É um pequeno passo técnico que garante grandes resultados: precisão, confiança e tranquilidade em cada manobra.