A Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel (AFIA) vai realizar a 12.° Automotive Industry Week, entre os dias 4 e 6 de novembro de 2025, no Hotel Solverde, em Vila Nova de Gaia.
Sob o tema “Thinking Beyond the Transition”, o encontro reunirá líderes da indústria automóvel, compradores internacionais, decisores políticos e especialistas para discutir desafios e oportunidades do setor automóvel num momento de transformação global.
“A enfrentar um período de grande incerteza marcado por custos de contexto no espaço europeu – v.g. custos energéticos elevados –, devido à exigência de forte investimento por parte das empresas para recuperarem níveis de produtividade compatíveis com os concorrentes, a volatilidade nas cadeias de fornecimento globais, a concorrência que se apresenta fora das regras definidas pela UE, é imprescindível debater e encontrar novas soluções para que o setor automóvel europeu se mantenha competitivo e inovador”, refere o comunicado.
“É neste sentido que a AFIA inclui na programação deste encontro dois dias dedicados a dinamizar o contacto direto entre empresas portuguesas e compradores internacionais, através de pitches tecnológicos, visitas técnicas e workshops temáticos”, acrescenta.
Segundo explica, “este modelo inovador faz do encontro da AFIA não apenas um espaço de reflexão, mas, sobretudo, uma plataforma prática de negócio, cooperação e internacionalização, reforçando a posição de Portugal como um parceiro competitivo e inovador na indústria automóvel global”.

Programa vasto
A Automotive Industry Week tem início no 4 de novembro, com a realização de sessões de pitch de empresas portuguesas para compradores internacionais, apresentando soluções tecnológicas, inovação e capacidade de resposta às exigências da indústria.
O dia seguinte, 5 de novembro, será preenchido com visitas técnicas a empresas nacionais, permitindo o contacto direto de compradores internacionais com o tecido produtivo e inovador português.
“Durante este dia as empresas poderão ainda participar nos workshops temáticos ‘Crossing Opportunities – Automotive x Defence’, sobre sinergias e novas áreas de cooperação e ‘AI in the Automotive Industry’, com especialistas da Universidade do Porto. Este dia terminará com um jantar oficial promovendo networking, tão importante, entre decisores e parceiros internacionais”, pode ler-se.
O último dia do encontro será dedicado às grandes conferências e debates estratégicos, reunindo algumas das vozes mais influentes da indústria automóvel e da economia. A sessão de abertura ficará a cargo de José Couto, presidente da AFIA, e do Ministro da Economia e da Coesão Territorial, Manuel Castro Almeida (a confirmar).
O programa incluirá ainda uma análise às previsões do setor em contexto de incerteza, por Walt Madeira (S&P Global Mobility), uma leitura sobre o estado da indústria automóvel portuguesa pela AFIA e uma intervenção sobre a competitividade europeia, conduzida por Matthias Zink, presidente da CLEPA.

Reflexão coletiva
No dia 5, seguir-se-á a apresentação do projeto “Portugal Global Automotive”, pela presidente da AICEP, Madalena Oliveira e Silva, e a assinatura de um protocolo de cooperação ibérica entre a AFIA e a SERNAUTO.
A reflexão prosseguirá com uma análise geopolítica de António Costa Silva, ex-Ministro da Economia, e com o tema da liderança em tempos de mudança, por Miguel Lopes Cardoso, da Sodecia. O encontro encerrará com as conclusões de José Couto e o discurso final do Primeiro-Ministro, Luís Montenegro (a confirmar).
“Este encontro é um espaço privilegiado e necessário para uma reflexão estratégica sobre o setor automóvel. Em três dias, vamos mostrar a capacidade de inovação da indústria portuguesa, debater tendências internacionais, criar pontes para novas parcerias e identificar oportunidades que nos ajudem a construir o futuro de um setor essencial para a economia nacional”, sublinha José Couto, presidente da AFIA.
“Importa recordar que o setor automóvel é estratégico para a Europa, empregando mais de 13 milhões de pessoas e representando cerca de 7% do PIB da UE. Em Portugal, a indústria de componentes é um dos motores da economia nacional e um exemplo de inovação e exportação”, conclui o comunicado.
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