DEKRA assinala 100 anos a alertar para a importância da iluminação automóvel

Ver e ser visto continua a ser decisivo para a segurança rodoviária, “sobretudo em condução noturna e com condições adversas”, alerta a empresa.
Check-up Media DEKRA lighting

Conduzir à noite é uma das tarefas mais exigentes para qualquer condutor. “O cansaço acumula-se e, quando os faróis não estão em boas condições, o risco aumenta exponencialmente – sobretudo para peões ou ciclistas, muitas vezes detetados demasiado tarde em estradas secundárias ou dentro das localidades”, afirma a DEKRA. “A verdade é simples: circular com luzes defeituosas ou mal reguladas coloca em perigo a segurança de todos”, sublinha.

Preocupação antiga

Este não é, no entanto, um problema novo. Já em 1928, o DEKRA Magazine chamava a atenção para a importância de uma iluminação fiável nos automóveis: “Os automobilistas não precisam apenas de luzes fortes. Precisam, também, de luzes seguras, das quais a sua vida dependa”. O mesmo artigo frisava ainda que os veículos deviam ter “pelo menos, duas lanternas a arder com intensidade, colocadas à mesma altura, que iluminassem a estrada a, no mínimo, 20 metros de distância”.

Papel central dos médios

“A luz de médios continua a ser a mais importante em condução noturna ou com mau tempo. Ilumina a estrada sem encandear os outros condutores e deve ser usada não só à noite, mas, também, em condições de visibilidade reduzida, como chuva, nevoeiro ou céu carregado”, explica a DEKRA. “Neste contexto, as luzes diurnas ou de presença não são suficientes”, avisa a mesma fonte.

Hoje, muitos automóveis contam com sensores automáticos de iluminação, “mas estes nem sempre reagem corretamente, sobretudo em passagens por túneis, nevoeiro denso ou luz difusa”, diz. E aconselha, a propósito: “Por isso, a recomendação mantém-se: em caso de dúvida, ligar os médios manualmente”.

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Máximos e nevoeiro

Os máximos permitem iluminar a estrada muito mais à frente, mas só devem ser usados na ausência de trânsito em sentido contrário. “Em condições de nevoeiro ou nevão intenso, tornam-se até contraproducentes, já que as partículas de água ou neve refletem a luz, dificultando a visibilidade”, defende.

“Nestes casos, os faróis de nevoeiro são a opção correta: projetam a luz de forma rasante à estrada, iluminando a zona imediatamente à frente do veículo”, sublinha a DEKRA, no mesmo comunicado.

Na traseira, o farolim de nevoeiro “deve ser usado apenas em situações de visibilidade inferior a 50 metros, desligando-se logo que as condições melhorem, para não encandear os condutores que seguem atrás”.

Tecnologia faz diferença

A evolução tecnológica dos últimos 20 anos revolucionou a iluminação automóvel. “Dos faróis direcionais aos sofisticados sistemas de matriz de LED, hoje é possível iluminar a estrada com precisão milimétrica, desligando ou ativando díodos individualmente centenas de vezes por segundo para evitar encandear outros utentes da via”, recorda. “Assim, o condutor usufrui de luz otimizada em todas as circunstâncias, mesmo em curva, reduzindo o esforço e a fadiga”, salienta a mesma fonte.

Modernizar viaturas antigas

Muitos veículos com lâmpadas de halogéneo H4 ou H7 “podem ser modernizados com lâmpadas de LED mais eficientes, desde que em conformidade com as normas locais”, defende. A substituição traz benefícios claros: “maior intensidade, melhor uniformidade da luz e mais segurança para todos os utilizadores da estrada”. Um século depois dos primeiros alertas, a mensagem da DEKRA mantém-se atual: “Na estrada, ver e ser visto continua a salvar vidas”, remata.

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