Os pneus são o único ponto de contacto entre o veículo e a estrada. A sua performance depende, em grande parte, das condições climatéricas. Temperaturas elevadas, como aquelas que afetam, atualmente, Portugal de norte a sul – e vários outros países europeus -, bem como o frio extremo, chuva ou neve têm impacto direto não só no desgaste, mas, também, na segurança de condução.
Desgaste da borracha
No verão, o calor aquece o asfalto e aumenta a temperatura interna dos pneus. Essa elevação faz com que a pressão suba, alterando a área de contacto com o solo e acelerando o desgaste da borracha. Em viagens longas, especialmente em autoestrada, este efeito é ainda mais acentuado, podendo comprometer a estabilidade.
No inverno, o frio provoca o efeito contrário: a pressão tende a baixar, a borracha torna-se menos flexível e a aderência diminui, sobretudo em pisos molhados ou gelados. Pneus de verão perdem eficácia abaixo dos 7°C, o que justifica a substituição por pneus de inverno ou All Season em regiões frias.
Verificar pressão
A chuva e a humidade acrescentam outro desafio: o risco de aquaplaning. Se a banda de rodagem estiver desgastada ou com pressão incorreta, a água não escoa de forma eficiente, reduzindo a tração e aumentando as distâncias de travagem.
A solução passa por monitorizar, regularmente, a pressão, escolher pneus adequados ao clima predominante e não ignorar sinais de desgaste irregular.
Ajustar a condução às condições atmosféricas é, igualmente, crucial: velocidades moderadas e manobras suaves preservam não só os pneus, mas, também, a segurança dos ocupantes.
