Num dia normal na oficina, os relógios parecem andar mais depressa. Carros à espera, peças que não chegam, diagnósticos que se complicam. Mas quem domina a gestão do tempo sabe que não se trata de correr, mas, antes, de ritmar o trabalho com inteligência e método.
A produtividade não é trabalhar mais horas, mas tirar melhor proveito delas. E, isso, começa logo no planeamento. Organizar o dia com clareza, definir prioridades e reservar tempo para imprevistos são passos essenciais para manter o controlo — mesmo quando o dia vira caos.
Dividir tarefas
Um erro comum é aceitar mais do que se consegue fazer. A tentação de dizer “sim” a tudo pode encher a oficina, mas prejudica a qualidade, aumenta o stress e desilude o cliente. Gerir o tempo também é saber dizer “só consigo amanhã” — com honestidade.
Dividir bem as tarefas também ajuda. Se há mecânicos mais rápidos nas revisões e outros mais metódicos nos diagnósticos eletrónicos, o gestor deve distribuir os trabalhos com critério. Isso evita perdas de tempo e potencia o talento de cada um.
Outra boa prática é manter o posto de trabalho limpo e funcional. Ferramentas sempre à mão, peças organizadas, espaço desimpedido. Porque perder cinco minutos a procurar uma chave ou a limpar a bancada quebra o foco e atrasa o serviço.
Tempos “mortos”
Importante também é saber usar bem os tempos “mortos”. Enquanto se espera por uma peça ou pela aceitação do orçamento, há sempre um filtro a limpar, uma ordem de serviço a fechar ou um carro para alinhar. Aproveitar esses intervalos faz diferença no final do dia.
Mas atenção: não se pode sacrificar o rigor à pressa. Trabalhar depressa é inútil se resultar em erros, devoluções ou reclamações. O equilíbrio está em criar hábitos de trabalho que tornem cada operação mais rápida sem perder precisão.
Hoje, com o apoio do software de gestão, é mais fácil visualizar a carga de trabalho, prever tempos médios por tarefa e comunicar com o cliente. Usar essas ferramentas permite organizar melhor a agenda e evitar surpresas.