O aftermarket automóvel enfrenta uma “encruzilhada” marcada por desafios tecnológicos, transição energética e crescente exigência de sustentabilidade. Neste contexto, o papel da formação contínua revela-se “decisivo para garantir a competitividade e a sobrevivência das oficinas e distribuidores independentes”.
António Caldeira, diretor do CEPRA, partilha uma visão clara sobre a importância estratégica da qualificação profissional, abordando desde a adaptação à mobilidade elétrica até ao impacto da digitalização e da Inteligência Artificial nos processos do setor.
O conhecimento é tudo. E, nesta entrevista ao Check-up, todas as questões fundamentais relacionadas com o futuro do aftermarket automóvel foram abordadas, apontando os caminhos que a formação pode abrir para um mercado mais forte e preparado.
Como avalia o estado atual do aftermarket automóvel independente em Portugal? Quais os principais desafios que as empresas enfrentam?
O cenário, atendendo ao que está a ocorrer no mercado dos grandes fabricantes alemães e franceses, bem como à conjuntura socioeconómica na Europa com a Guerra na Ucrânia, não parece promissor. Mas, é factual, que o aftermarket automóvel tem demonstrado resiliência, conseguindo adaptar-se e manter-se relevante.
No entanto, os desafios são vários e bastante exigentes. Desde logo, a escassez de mão de obra qualificada, especialmente na área da colisão, onde a necessidade de profissionais especializados é cada vez maior.

Por sua vez, a transição para a mobilidade elétrica é outro desafio, já que exige uma forte capacidade de adaptação por parte das oficinas e dos profissionais, que precisam de adquirir novas competências para trabalhar com tecnologias mais avançadas.
A dificuldade de acesso a dados técnicos e a sua interpretação é, talvez, das principais dificuldades, limitando muitas oficinas independentes na sua capacidade de intervir em veículos mais recentes e tecnologicamente evoluídos.
Acresce, ainda, a concorrência das oficinas de marca e das grandes redes, que investem em programas de fidelização e pacotes de serviços completos. Por último, há uma pressão crescente no que toca à regulação ambiental e à sustentabilidade, que obriga as empresas do setor a adotarem práticas mais ecológicas, como a reciclagem de peças, a utilização de materiais sustentáveis e a implementação de processos mais amigos do ambiente.
Apesar deste cenário exigente, acredito que cada desafio representa, também, uma oportunidade e é exatamente nesse ponto que nos focamos: apoiar as empresas, através da inovação e de programas de formação especializada, dotando os profissionais das competências necessárias para acompanharem a evolução do setor e transformarem esses desafios em vantagens competitivas.
De que forma a evolução tecnológica dos veículos tem tido impacto na atividade das oficinas e distribuidores no setor independente?
Neste âmbito, refiro o que todos os que trabalham no setor conhecem. Por exemplo, a tarefa de substituição de um banco, anteriormente desempenhada com baixo teor de tecnicidade, tornou-se mais complexa devido à integração de sensores, ligações elétricas e motores, entre outros, motivado pela crescente complexidade técnica dos automóveis, afetando, desta forma, áreas tradicionalmente caracterizadas pela destreza manual, como a reparação de carroçarias e a pintura de veículos.
“As entidades formadoras, como o CEPRA, foram estabelecidas para garantir que os profissionais adquirem as competências necessárias para acompanhar a evolução tecnológica e organizacional do setor. Para isso, é crucial que a formação não seja apenas reativa, mas, sobretudo, antecipatória”
Se pensarmos ao nível das viaturas mais recentes, a responsabilidade das oficinas aumentou exponencialmente, porque uma inadequada intervenção nos sistemas ADAS pode ter implicações muito graves para quem utiliza as estradas.
A transição para uma mobilidade inteligente e sustentável, impulsionada pela digitalização, alterou, significativamente, os processos das oficinas. Os veículos modernos incluem sistemas avançados, o que exige que oficinas e distribuidores invistam em novas ferramentas e softwares especializados.
A cada vez maior presença de viaturas elétricas e híbridas trouxe novas exigências, uma vez que a reparação e manutenção destes veículos requerem competências específicas.
Com veículos mais tecnológicos, a necessidade de formação aumentou consideravelmente, sendo necessário que os técnicos dominem mecânica geral, eletrónica e eletricidade, forçando as oficinas a investirem, constantemente, na qualificação das suas equipas.
Qual é o papel da formação na adaptação das oficinas e distribuidores às novas exigências do mercado?
As entidades formadoras, como o CEPRA, foram estabelecidas para garantir que os profissionais adquirem as competências necessárias para acompanhar a evolução tecnológica e organizacional do setor. Para isso, é crucial que a formação não seja apenas reativa, mas, sobretudo, antecipatória.

Nesse sentido, é necessário identificar tendências, estudar mercados de referência, como o europeu, e ajustar a oferta formativa para que as empresas estejam preparadas para o futuro. Uma vez que a maioria das empresas do setor são de pequena dimensão, com poucos trabalhadores, torna-se ainda mais importante que a formação seja acessível, prática e direcionada para as reais necessidades do mercado.
A realização de estudos periódicos, como diagnósticos de necessidades de formação junto das oficinas e distribuidores, a consulta de relatórios e os dados estatísticos, permite um acompanhamento contínuo e, assim, ajustar a nossa atividade e oferta formativa.
No caso do CEPRA, uma das vantagens é o de incorporar nos órgãos sociais as duas associações mais representativas – ANECRA e ARAN – o que permite ajustar a atividade às reais necessidades das empresas. O nosso compromisso, enquanto entidade formadora, é contribuir para que os profissionais disponham do know-how certo e atempado para enfrentar os desafios atuais e futuros do setor automóvel.
Considera que as empresas do aftermarket português já reconhecem a formação como uma necessidade estratégica ou ainda a veem como um custo adicional?
Todos os anos, celebramos dezenas de protocolos de colaboração com entidades que integram a formação contínua nos seus planos de atividades. Com base na experiência que temos tido junto de empresas e técnicos independentes, constatamos que há, efetivamente, um reconhecimento crescente da formação profissional.
Outro aspeto a que temos assistido é o aumento significativo da participação em feiras e eventos do setor, como a expoMECÂNICA, ou outras ações específicas levadas a cabo pela ANECRA e ARAN, que registam cada vez mais presenças, o que evidencia a procura por conhecimento e networking que caracteriza o setor.





Ou seja, em situação normal, não tenho dúvidas que é dos setores em que existe maior reconhecimento da necessidade de formação contínua. Só não sou totalmente otimista porque, em situações de baixa atividade ou atendendo à atual realidade, em que a procura é alta, há uma tendência para protelar até ao limite do possível a frequência de formação profissional aos técnicos.
Quais são, atualmente, as áreas de formação mais críticas para os profissionais do setor?
Diria, em primeiro lugar, o domínio das tecnologias associadas aos veículos elétricos e híbridos, que exigem conhecimentos técnicos específicos e atualizados. Paralelamente, a formação em diagnóstico eletrónico e outros softwares específicos é essencial, atendendo ao nível crescente de eletrónica e conectividade presente nos veículos, de que são exemplo os sistemas avançados de assistência à condução (ADAS, na sua sigla em inglês), uma vez que a correta calibração e manutenção destes sistemas é cada vez mais requisitada.
Além das competências técnicas, torna-se, igualmente, crítico apostar em formação na gestão da relação com o cliente e em técnicas de atendimento especializado. A formação em sustentabilidade e economia circular, com foco na gestão de resíduos e boas práticas ambientais, tem vindo, também, a ganhar relevância. Finalmente, é importante não descurar a formação em competências digitais.
Como está a eletrificação dos veículos e a digitalização a afetar as competências exigidas aos técnicos de automóveis?
Embora, no período atual, ano após ano, estejamos a assistir ao envelhecimento do parque automóvel, é notório o crescimento e o impacto das viaturas elétricas na sociedade devido a políticas de sustentabilidade, acordos e metas a alcançar nas próximas décadas.
No último ano, por exemplo, em Portugal, as sessões de carregamento representaram um crescimento de 40%, em comparação com 2023. Por outro lado, a digitalização dos automóveis introduziu novos desafios, que remeteram para a necessidade de formação contínua dos técnicos especializados.

Ainda a propósito das competências exigidas, com a crescente presença nas estradas, os veículos híbridos e elétricos comportam riscos, se incorretamente manuseados, sendo, por isso, imperativo garantir uma qualificação adequada dos técnicos que realizam intervenções neste tipo de veículos, bem como assegurar o cumprimento rigoroso dos procedimentos técnicos e de segurança definidos pelos fabricantes de cada modelo.
Em pleno 2025, ainda não existe uma legislação internacional padronizada para as intervenções em veículos com alta tensão, apesar de países como a França ou a Alemanha já estabeleceram regulamentações próprias, o que indica uma tendência que poderá estender-se a outros mercados.
Para garantir segurança e eficiência nas reparações, os técnicos precisam de formação contínua e certificada, como a que o CEPRA disponibiliza com os seus quatro níveis sequenciais baseados na norma alemã DGUV 209-093.
Além das competências técnicas, a adaptação das oficinas também se torna imprescindível, exigindo novos equipamentos, procedimentos e condições de trabalho adequadas para a manutenção de veículos e sistemas de alta tensão ativos.
Existem programas ou incentivos específicos que apoiem as empresas e os profissionais do aftermarket na formação contínua?
No contexto das competências digitais, destaco a iniciativa Formação Emprego + Digital, por intermédio do IEFP, I.P., que tem como objetivo a requalificação de profissionais no ativo, através da participação em ações de formação gratuitas especializadas no domínio digital.
“A formação em sustentabilidade e economia circular, com foco na gestão de resíduos e boas práticas ambientais, tem vindo, também, a ganhar relevância. Finalmente, é importante não descurar a formação em competências digitais”
O CEPRA realizou, ao longo de 2024, formações relacionadas com noções básicas de informática, Office 365, cibersegurança e marketing digital, áreas intrinsecamente ligadas ao nosso setor e indispensáveis para a visão estratégica e operacional das entidades.
Como avalia a acessibilidade e a qualidade da formação técnica disponível em Portugal para este setor?
Falando do CEPRA, e sem qualquer exagero ou presunção, não tenho dúvidas que a nossa intervenção é bastante elevada em termos qualitativos, estando disponível quer fisicamente ou à distância em todo o território nacional.
Para isso, dispomos de instalações, equipamentos e uma equipa de técnicos de formação inigualáveis. Apenas a título de exemplo, e aproveitando o financiamento disponível, iremos aproximarmo-nos dos 15 milhões de euros de investimento em instalações e equipamentos, num período entre 2022 e 2026.
Neste âmbito, principalmente a partir da pandemia, fizemos uma aposta na formação à distância, estando a ser consolidado um estúdio para formação síncrona e produção de conteúdos.
Por sermos uma organização certificada pela SGS Portugal, no âmbito da norma NP EN ISO 9001, para desenvolver as atividades de “Prestação de Serviços de Formação Profissional no Setor do Reparação Automóvel e Encaminhamento e Certificação de Competências”, esta certificação induz a necessidade do CEPRA assegurar, permanentemente, a conformidade dos seus produtos e serviços, de forma a alcançar a satisfação dos clientes, num processo de melhoria contínua.

Ou seja, o que nos diferencia, para além da qualidade dos técnicos de formação, é sermos um local onde se encontram as mais recentes novidades em termos de equipamentos/tecnologia e de basearmos a nossa formação em situações idênticas ao mundo do trabalho, em alternativa a formações baseadas na teoria. Entretanto, o setor conta com outras organizações de formação que, por continuarem no mercado, ganharam esse espaço e devem ser consideradas.
Qual tem sido o papel do CEPRA na capacitação dos profissionais do aftermarket, uma vez que dispõe, hoje, de uma oferta eclética em termos de cursos de formação, desde mecatrónica a repintura, passando por veículos elétricos?
Desde 1981 que o CEPRA assume a missão de qualificar e certificar os recursos humanos da área da reparação automóvel, contribuindo para a melhoria sustentável da envolvente económica e social do setor.
Centenas de milhares de formandos já frequentaram as nossas ações de formação e a notoriedade junto das oficinas é bastante elevada, sendo normal que, nas áreas da Grande Lisboa e do Grande Porto, já tenham tido contacto direto com o CEPRA, através da formação contínua ou acolhendo estagiários das nossas ações de formação inicial. De referir que esta atividade é, muitas vezes, inovadora, funcionando o CEPRA como referencial e líder na oferta de formação, apoiando, desta forma, proativamente as empresas.
Como tem vindo o CEPRA a adaptar-se para responder às novas exigências tecnológicas do setor automóvel? Obriga a muita formação dentro de si mesma?
No CEPRA, não se aplica o provérbio “casa de ferreiro, espeto de pau”. Assim, cumprimos o que está previsto no código do trabalho para todos os colaboradores, sendo que os técnicos de formação têm um número de horas de formação anual, claramente, acima do legalmente previsto.
Nesse âmbito, existe, pelo menos, uma semana de formação anual em que todos os nossos técnicos recebem formações em assuntos específicos, identificados previamente por eles próprios. Apenas a título exemplificativo, em 2024, esses períodos de formação ocorreram em Espanha, França e Lituânia, em todas as áreas de intervenção.

Além disso frequentam as designadas formações transversais, de entre as quais destaco a formação como utilizador de softwares de Inteligência Artificial, que é algo já presente no dia a dia das empresas.
Esta aposta na qualificação dos nossos profissionais já trouxe benefícios a curto e médio prazos, permitindo a introdução de novos cursos de formação. Por sua vez, a longo prazo, acreditamos que continuará a ser um fator determinante para a excelência e inovação que tanto caracteriza a nossa formação.
Empresas que investem mais na formação conseguem diferenciar-se da concorrência? Tem exemplos de casos de sucesso?
Sem especificar casos concretos, para não ser, eventualmente, injusto com algum dos nossos parceiros de longa data, a realidade que acompanhamos no CEPRA demonstra que as empresas que fazem da formação contínua uma aposta estratégica conseguem, de forma sustentada, ganhar uma vantagem competitiva no setor.
Entretanto, noto, com entusiasmo, uma mudança ao nível da forma como as empresas olham para os seus colaboradores com mais idade ou que perderam espaço de intervenção por obsolescência de algumas das suas competências, dando-lhes os designados upskilling ou reskilling. Neste âmbito, estamos, atualmente, envolvidos no Programa Promov, com várias ações de formação na área da pintura, para esse tipo de destinatários.
Como pode a formação contribuir para a fidelização dos clientes e para a melhoria do serviço prestado?
À semelhança de qualquer outro setor baseado no contacto direto com os clientes, no setor da reparação automóvel a qualidade do serviço prestado é, sem dúvida, um fator determinante para a fidelização dos clientes.
“Em pleno 2025, ainda não existe uma legislação internacional padronizada para as intervenções em veículos de alta tensão, apesar de países como França ou Alemanha já estabelecerem regulamentações próprias, tendência que poderá estender-se a outros mercados"
Nesse sentido, a verdadeira excelência vai para além da competência técnica. Muitas vezes, são os detalhes menos evidentes que fazem a diferença, como a forma como comunicamos com o cliente, a transparência na informação e a capacidade de antecipar as suas necessidades.
Por isso, vejo a formação não apenas como um meio de atualização técnica, mas, também, como uma ferramenta essencial para desenvolver soft skills, melhorar o atendimento e reforçar a confiança do cliente.
Saber ouvir, gerir expectativas e criar uma experiência positiva do início ao fim, são aspetos que contribuem tanto para a fidelização como para a reputação da oficina.
Acredito que investir neste equilíbrio entre conhecimento técnico e competências interpessoais é o caminho para oferecer um serviço diferenciado, construindo relações de confiança e garantindo que os clientes não só voltem, como, também, recomendem os nossos serviços.
Que mudanças espera para o aftermarket independente nos próximos cinco a 10 anos, tendo em conta realidades como a Inteligência Artificial?
Como refere na sua pergunta, a Inteligência Artificial (IA) é uma realidade, embora ainda não esteja tão empregue nas empresas, mas sim numa componente mais individual.

Não costumo ser adepto de futurologia, mas creio que, nos próximos cinco a 10 anos, mais concretamente no aftermarket independente, espera-se que a IA desempenhe um papel de relevo na transformação de diversos processos, aumentando a eficiência e a competitividade das empresas. Atualmente, a IA já está a ser utilizada para otimizar várias áreas dentro do setor.
No que toca à gestão de stocks e logística, a IA permite prever a procura de peças e acessórios, tornando a gestão de inventário mais eficiente. No atendimento ao cliente, sistemas automatizados baseados em IA, como os chatbots, oferecem suporte imediato, melhoram a experiência do consumidor e libertam os colaboradores para tarefas mais complexas.
Numa vertente mais técnica, a IA já deu um passo importante no diagnóstico remoto, permitindo a monitorização contínua dos veículos e identificando potenciais falhas antes que se tornem em problemas graves, facilitando a manutenção preventiva.
Ou seja, tal como a mobilidade elétrica e os veículos autónomos, a utilização da IA é algo que será rotineiro/essencial ao sucesso das empresas, apenas havendo a interrogação se esta realidade se concretizará mais ou menos rapidamente.
No caso da formação, destaco a realidade aumentada, através dos simuladores que criam uma experiência imersiva. A integração de tecnologias inovadoras nos cursos permite aos formandos o desenvolvimento de competências alinhadas com as necessidades do setor.

Um exemplo prático disso é a utilização de simuladores avançados, como o simulador de realidade virtual de pintura automóvel, que não só proporciona uma experiência realista e imersiva, como, também, otimiza recursos e promove uma formação mais sustentável.
Que conselhos daria às empresas que ainda não investem, de forma significativa, na formação dos seus colaboradores?
Num setor tão dinâmico e competitivo como o automóvel, investir na formação dos colaboradores não deve ser encarado apenas como uma necessidade. O mercado está em constante evolução e as empresas que não acompanham essa transformação não serão bem-sucedidas.
Apostar na formação é um caminho win-win: a empresa ganha porque capacita os seus profissionais com novas competências, aumentando a eficiência e a qualidade dos serviços. Os colaboradores beneficiam porque se tornam mais qualificados, valorizados e motivados.
As organizações que ainda não investem, de forma significativa, na formação devem encará-la como um investimento no seu próprio futuro. Uma equipa bem preparada não só responde melhor aos desafios do mercado, como, também, se torna num fator diferenciador face à concorrência. Quem não invista na formação apenas se manterá no mercado enquanto o nicho de conhecimento que detêm continuar a existir.
O CEPRA participa, ativamente, no Campeonato das Profissões. Qual a importância deste evento para a valorização e reconhecimento dos profissionais do aftermarket automóvel?
O Campeonato das Profissões tem sido, ao longo dos anos, um dos projetos mais relevantes para o CEPRA, não só pela divulgação e valorização das profissões ligadas ao setor automóvel, mas, também, como reflexo da qualidade e da excelência da nossa formação.
“As organizações que ainda não investem, de forma significativa, na formação devem encará-la como um investimento no seu próprio futuro (...) Quem não invista na formação apenas se manterá no mercado enquanto o nicho de conhecimento que detêm continuar a existir”
Em termos históricos, o CEPRA tem ganho, sucessivamente, as provas em que participa, a nível nacional, e tem obtido medalhas de desempenho excelente a nível internacional.
Em 2024, um formando nosso conquistou uma Medalha de Excelência no Campeonato do Mundo das Profissões, na profissão de Tecnologia Automóvel-Mecatrónica.
Já no final desse mesmo ano, em novembro, o CEPRA voltou a destacar-se no Campeonato Nacional das Profissões, arrecadando três medalhas de ouro e tendo uma participação ativa nas profissões de demonstração, nomeadamente as profissões de Reparação de Carroçarias e Pintura Automóvel.
Estas iniciativas, que reúnem centenas de jovens talentos em áreas fundamentais para o desenvolvimento do país, são absolutamente essenciais, não só para valorizar a formação profissional, como, também, para destacar o exemplo inspirador destes jovens.
Muitos deles, por exemplo, dedicam centenas de horas à sua preparação, demonstrando um compromisso e uma vontade inigualáveis. Para as empresas, este evento é, também, uma oportunidade única de identificar talentos em contexto de forte exigência e pressão.
Levando à prática este pensamento, no CEPRA temos, hoje, formadores que começaram precisamente nestas competições, o que demonstra o impacto positivo e transformador desta iniciativa.