Como “nasceram” as caixas de velocidade automáticas?

A primeira caixa de velocidades automática surgiu nos anos 30, mas foi na década seguinte que este tipo de transmissão revolucionou o modo como conduzimos.
Check-up Media automatic gearbox

A história da caixa de velocidades automática é uma viagem tão engenhosa quanto fluida. A primeira versão verdadeiramente funcional deste sistema foi criada em 1939 pela General Motors (GM), com a introdução da Hydra-Matic Drive.

Instalado, inicialmente, no Oldsmobile, este sistema foi desenvolvido por engenheiros da GM liderados por Earl A. Thompson, e marcou um percurso significativo em toda a indústria automóvel.

Embora já existissem tentativas anteriores — como o Wilson Preselector Gearbox nos anos 20, usado em alguns carros britânicos — foi a Hydra-Matic que trouxe, pela primeira vez, uma transmissão automática de série com verdadeiro sucesso comercial e técnico.

A inovação baseava-se numa combinação de uma embraiagem de fluido (hydraulic coupling) e um conjunto de engrenagens planetárias que permitiam ao condutor conduzir sem necessidade de trocar manualmente de velocidade.

Check-up Media automatic gearbox 2
Europa… mais lenta

O impacto foi imediato. Em plena Segunda Guerra Mundial, a fiabilidade do sistema foi posta à prova em veículos militares, como o M5 Stuart, provando-se robusto e eficaz. Após o conflito, a caixa automática ganhou popularidade nos EUA, símbolo de conforto e sofisticação.

Nos anos 50, outras marcas seguiram o exemplo. A Chrysler lançou a PowerFlite em 1954, enquanto a Ford apresentou a Ford-O-Matic. Na Europa, porém, o avanço foi mais lento, devido ao custo elevado e à preferência por condução mais “envolvente”.

Ainda assim, a Mercedes-Benz destacou-se ao introduzir, em 1961, a sua primeira transmissão automática de quatro velocidades com conversor de binário.

Desde então, a tecnologia não parou de evoluir. As caixas automáticas modernas incluem transmissões CVT (de variação contínua), de dupla embraiagem (DCT) e até automáticas de 10 velocidades, como a usada pela Ford e a GM em modelos recentes.

Paralelamente, a eletrificação dos automóveis — com os seus motores sem necessidade de mudanças tradicionais — veio dar novo significado ao conceito de condução sem pedal de embraiagem.

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