A Ayvens lançou o Estudo Mobilidade 2025, em que reforça, mais uma vez, que a aposta nos veículos elétricos, continua como a opção mais competitiva para frotas empresarias, conquistando 48 perfis, dos 68 possíveis, na matriz de custos totais de utilização (TCO).
A análise anual da Ayvens destaca ainda o impacto das regulamentações europeias sobre emissões de CO2 e a introdução de novas tecnologias impulsionadas por concorrentes chineses.
“Já a partir de 2025, as marcas têm de reduzir em 15% as emissões médias de CO2 dos novos veículos vendidos, fazendo com que tenham de cumprir obrigações mais exigentes do que as que tinham sido introduzidas em 2021”, refere.
“Este ano, a média de emissões destes veículos terá de situar-se nos 93,6 g de CO2/km, sob pena de multas avultadas. Embora a Comissão Europeia tenha, recentemente, proposto dar flexibilidade aos fabricantes entre 2025-2027 para cumprirem estes objetivos, espera-se que os fabricantes devam investir na mobilidade elétrica mais do que nunca”, pode ler-se.
Segundo afirma, “num mercado cada vez mais competitivo e com o objetivo de recuperar quota, os fabricantes europeus veem-se forçados a equilibrar os custos de produção e a investir em inovação tecnológica, visto que, em 2025, espera-se que as marcas chinesas continuem a crescer na Europa”.
Desaceleração europeia
De acordo com o estudo, “o mercado de VE na Europa passou por um período de desaceleração durante o ano de 2024, muito influenciado pelo fraco desempenho da Alemanha, que, com a suspensão dos subsídios entre dezembro de 2023 e setembro de 2024, afetou, em grande medida, o desempenho destas motorizações”.

E vai mais longe: “Além disso, as exigências das metas de CO2 para 2025 levaram a que muitos OEM adiassem as suas entregas para o início do ano, para, desta forma, conseguirem margem para o cumprimento das metas”.
O Estudo Mobilidade 2025 indica, então, que esta é a primeira queda na evolução europeia. Mesmo assim, “os BEV registam maior quota de mercado, com 13,12% vs os veículos Diesel, que veem a sua quota a diminuir, fixando-se nos 12,44%. Em 2024, também a quota dos veículos híbridos plug–in caiu de 7,71% em 2023, para 6,89%”.
Em Portugal, os números mostram que os veículos elétricos assumem posições de destaque, tendo uma quota de mercado de 18% – surgindo como um país incomparavelmente mais maduro do que os seus congéneres do sul da europa. As quotas de vendas dos VE em Portugal superam os números que se verificam no Reino Unido, na França e na Alemanha.
“No nosso país, os três primeiros trimestres de 2024 revelaram que os BEV foram a motorização preferida dos portugueses, a seguir aos veículos a gasolina”, dá conta o estudo.
Mais de 50 novos BEV
“Tal como na Europa, os veículos a gasóleo têm sido penalizados, verificando-se uma diminuição da sua quota de mercado: dos 12% nos três primeiros semestres de 2023 baixou para 8,7% no final do terceiro semestre de 2024 – um recuo de mais de 3% de vendas. Já as motorizações a gasolina, recuaram apenas meio ponto percentual”, revela.
O estudo indica que, este ano, espera-se a chegada ao mercado de mais de 50 novos modelos de BEV, com preços de aquisição mais acessíveis. Os fabricantes europeus pretendem apostar na produção local de baterias, tendo o mesmo objetivo em mente: tornar os BEV mais atrativos para os consumidores.

Ao analisar os Custos Totais de Utilização (TCO), a Ayvens estima que, “seguindo a tendência do ano anterior, segundo a qual os VE já seriam mais competitivos em 88% dos segmentos de veículos de passageiros para quilometragens de 30.000 km/ano, em 2025, os veículos elétricos manter-se-ão como a escolha mais económica para gestores de frotas”, diz.
Ricardo Silva, diretor comercial da Ayvens em Portugal, afirma que “há razões para assumir que a mobilidade elétrica veio para ficar. O ano de 2025 é, essencialmente, um ano de adaptação e redefinição do setor automóvel”.
Segundo o responsável, “os veículos elétricos vão assumir-se como parte essencial da oferta automóvel global, deixando de ser apenas uma tendência”.
E conclui: “Numa fase em que os fabricantes enfrentam cenários de transição exigentes, iremos continuar a apoiar os nossos clientes nas suas decisões e manter-nos-emos atentos à volatilidade do mercado”.
O Estudo Mobilidade 2025 oferece uma visão clara e distinta dos principais desafios e tendências que vão definir a mobilidade em 2025, sendo redigido e partilhado com o objetivo de ajudar os gestores de frotas e os decisores estratégicos a tomar decisões informadas.
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