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Volkswagen pondera encerrar três fábricas na Alemanha

Regime de lay off para milhares de trabalhadores e cortes salariais de 10% são algumas medidas que estão em cima de mesa para fazer face à redução da margem operacional.
Check-up Media VW Wolfsburg

Tempos difíceis para o gigante alemão Volkswagen. Apesar de ter registado um ligeiro aumento (1%) nas vendas a nível global nos primeiros nove meses deste ano (entregou 2.260.151 viaturas aos clientes), a marca viu a sua margem operacional cair para 2,1%, a mais baixa desde o período da pandemia de covid-19.

Com 63,5 mil milhões de euros, as receitas de vendas da Volkswagen mantiveram-se num nível estável. O resultado operacional antes de itens especiais baixou 36,9%, para 1,34 mil milhões de euros. Como resultado, a margem operacional para o período de janeiro a setembro de 2024 diminuiu para 2,1% (3,4% em 2023).

Ainda assim, a marca beneficiou de efeitos de mix, bem como de custos de materiais otimizados, enquanto os custos fixos mais elevados e as despesas com medidas de reestruturação tiveram impacto no resultado, o que acaba, invariavelmente, por afetar o grupo.

A diminiuição da procura de novos veículos na Europa, a elevada concorrência dos fabricantes chineses, a dificuldade em implantar a mobilidade elétrica e os elevados custos de produção estão na origem desta situação.

E a VW Autoeuropa?

A decisão de encerrar (pelo menos) três fábricas na Alemanha ainda não está tomada, mas é uma hipótese que ganha força. A Volkswagen apresentou um plano de redução de custos para a segunda ronda de negociações sem ter, contudo, mencionado o encerramento de unidades de produção.

A queda de 2,1% na margem operacional é considerado um resultado insustentável para suportar futuros investimentos e recuperar a competitividade, sendo, por isso, necessário reduzir, drasticamente, os custos, mesmo que tal implique o fecho de fábricas na Alemanha.

Poderá a situação afetar a unidade da VW Autoeuropa, em Palmela? Por enquanto, ainda é uma incógnita. Mas a preocupação está instalada. Tal dependerá, também, do acordo que Daniela Cavallo, líder da comissão de trabalhadores, conseguir fazer com a construtor à mesa das negociações.

Mais sobre a Volkswagen aqui.

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