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Sete mitos da manutenção automóvel

Verdade ou mentira? Neste artigo, procuraremos explicar (e desmistificar) sete dos mitos mais comuns relacionados com a manutenção automóvel.
Check-up Media car maintenance

A manutenção automóvel é um dos aspetos mais importantes para garantir a longevidade e a segurança do veículo.

No entanto, ao longo dos anos, surgiram muitos mitos e ideias preconcebidas sobre a forma correta de cuidar de um carro.

Muitas dessas crenças são ultrapassadas (ou estão, simplesmente, erradas), o que pode levar a decisões desajustadas que afetam tanto o desempenho como o “bolso” dos condutores.

Neste artigo, vamos explicar (e, porventura, desmistificar) sete dos mitos mais comuns relacionados com a manutenção automóvel.

Este mito é dos mais comuns entre os condutores, mas está, no mínimo, desatualizado. Durante décadas, recomendava-se mudar o óleo a cada 5.000 km, mas, hoje, com os avanços na tecnologia dos motores e dos óleos, isso já não é uma regra fixa. Óleos sintéticos de elevada qualidade permitem que alguns carros modernos circulem até 15.000 km antes de necessitar de uma mudança de lubrificante.

Estudos da American Automobile Association (AAA) demonstram que os intervalos recomendados podem variar, significativamente, consoante o veículo e o tipo de óleo utilizado. Por outras palavras, seguir as instruções do manual do proprietário é a melhor forma de garantir que o óleo é trocado no momento certo.

Antigamente, quando os motores dependiam de carburadores, aquecer o motor antes de conduzir era uma prática essencial para garantir o bom funcionamento do carro. Contudo, com os motores modernos de injeção eletrónica, esta prática é desnecessária e até prejudicial em termos de consumo de combustível.

Segundo explica, por exemplo, o U.S. Department of Energy, o aquecimento prolongado do motor a frio só resulta em maior consumo de combustível e emissões desnecessárias. Deste modo, nos veículos atuais, o ideal é começar a conduzir suavemente logo após ligar o carro, permitindo que o motor aqueça em circulação.

Embora seja comum acreditar que as peças de reposição originais são sempre superiores, a verdade é que, muitas vezes, as peças de terceiros podem ter a mesma qualidade, a um preço mais acessível.

Investigadores da German Automobile Club (ADAC) compararam a durabilidade de peças de reposição e originais e descobriram que as peças de fabricantes alternativos podem ter a mesma performance, desde que certificadas – dado crucial.

Na verdade, muitos fabricantes de automóveis compram componentes de empresas do aftermarket e vendem-nos como peças “originais”, o que significa que as peças de reposição podem, em alguns casos, ser idênticas.

Esperar até que os pneus estejam completamente desgastados para os substituir é um erro comum, que pode comprometer a segurança do condutor. Estudos da National Highway Traffic Safety Administration (NHTSA) demonstram que os pneus podem perder a sua eficácia com o tempo, mesmo que o desgaste do piso ainda seja aceitável.

O envelhecimento do material, fissuras ou deformações nos pneus são sinais de que está na altura de substituí-los. Além disso, pneus com mais de seis anos podem começar a perder aderência, independentemente do desgaste visível, aumentando o risco de acidentes.

Outro mito frequente é a ideia de que a rotação dos pneus é desnecessária ou uma prática dispensável. A verdade é que os pneus dianteiros e traseiros desgastam-se de forma diferente, especialmente em veículos com tração dianteira.

De acordo com a Tire and Rubber Association of Canada, por exemplo, a rotação regular dos pneus pode prolongar a sua vida útil em até 20%, equilibrando o desgaste entre os eixos. Assim, ao rodar os pneus periodicamente, os condutores garantem maior longevidade destes componentes de borracha e segurança.

Muitos condutores acreditam que o combustível premium, com maior índice de octanas, melhora o desempenho e a eficiência do veículo. No entanto, estudos da Society of Automotive Engineers (SAE) revelam que a maioria dos carros convencionais não beneficia com a utilização de gasolina premium.

Esta só é necessária em motores de elevada compressão, como os encontrados em veículos desportivos ou de luxo. Para os restantes modelos, o combustível premium não oferece qualquer vantagem significativa e apenas aumenta os custos de operação.

Este é dos mitos mais perigosos. Muitos condutores acreditam que, se o carro estiver a funcionar corretamente, não é necessário fazer manutenção. No entanto, a manutenção preventiva é crucial para evitar avarias graves e dispendiosas no futuro.

Um estudo da Automobile Association (AA), do Reino Unido, concluiu, a este propósito, que a manutenção regular ajuda a evitar problemas mecânicos graves e aumenta a segurança do veículo.

Além disso, a Car Care Council, dos EUA, demonstrou ainda que seguir o plano de manutenção recomendado pelo fabricante do veículo reduz, significativamente, os custos a longo prazo.

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