“Tal como os veículos topo de gama e desportivos, muitas viaturas do segmento médio e SUV também estão equipadas com amortecedores ajustáveis eletronicamente, como o CDC (controlo de amortecimento contínuo, na desconstrução da sigla para português) da Sachs”, avança a ZF Aftermarket, em comunicado.
“Para ajudar as oficinas de automóveis a permanecerem competitivas neste mercado em expansão, a ZF Aftermarket amplia, agora, a sua gama de amortecedores eletrónicos. Com uma ampliação de mais de 25 novas referências, a empresa da ZF duplicou o número de peças originais Sachs disponíveis para o mercado de pós-venda independente (IAM) – e o portefólio continuará a crescer”, destaca.
O sistema de amortecimento eletrónico CDC está a ser produzido em larga escala desde meados da década de 2000 e é disponibilizado, de série, para muitos veículos, até à classe de modelos compactos.
“Até à data, a ZF produziu mais de 34 milhões de amortecedores CDC. Neste sentido, os operadores do mercado de pós-venda independente podem estar seguros de que os amortecedores eletrónicos serão instalados em cada vez mais veículos das frotas dos seus clientes”, sublinha a mesma fonte.
“A ZF Aftermarket respondeu a esta tendência com a adição de 27 novas referências à gama, duplicando a sua oferta de amortecedores CDC para o mercado de pós-venda independente. Esta ampliação abrange uma variedade de marcas e modelos, incluindo Audi A6, BMW Séries 5 e 6, Porsche Macan e Volkswagen Touareg”, pode ler-se.
“Mas antes de qualquer serviço de reparação”, acrescenta, “a oficina deve, primeiro, identificar se estão instalados amortecedores eletrónicos no veículo, pelo que precisa de saber como fazê-lo”, alerta.
Em alguns casos, o próprio proprietário do veículo pode desconhecer esta característica de equipamento se, por exemplo, adquiriu o automóvel em segunda mão. “Se o veículo estiver equipado com CDC de válvula externa, é fácil de identificar. Neste caso, a válvula proporcional, responsável pelo ajuste das forças de amortecimento, está localizada na parte exterior, na secção inferior do tubo de amortecimento”, esclarece.
No entanto, se o veículo estiver equipado com amortecedores de válvulas internas, estes só podem ser identificados pelo cabo que sai da haste de pistão. Este cabo está alojado numa área do veículo que, na maioria dos casos, é desconhecida para os técnicos, pois, normalmente, não acedem a esta zona, mesmo quando trocam a roda, por exemplo.
“Assim, é necessário procurar outros detalhes que indiquem a presença de um sistema de amortecimento eletrónico. Estes podem ser encontrados na forma de interruptores ou botões, com um símbolo de amortecedor na área de navegação e, também, existirão luzes de aviso no painel de instrumentos para indicar avarias”, reforça a ZF Aftermarket.
Uma vez que o desgaste do amortecedor é gradual, muitas vezes os condutores não percebem a mudança de comportamento de condução do seu veículo ou ao longo do tempo simplesmente habituam-se.
“Os componentes eletrónicos tornam mais difícil para os profissionais das oficinas detetarem sinais de desgaste nestas peças, porque, em certa medida, as válvulas variáveis podem compensar os efeitos. Além disso, os amortecedores eletrónicos não podem ser testados com precisão usando métodos convencionais de teste de amortecedores”, explica.
“Mas, mesmo assim, o desgaste existe. Por exemplo, se a fita de vedante à volta do pistão do amortecedor estiver gasta, então forma-se neste ponto um desvio de óleo que o sistema de controlo não pode compensar”, esclarece.
A durabilidade dos amortecedores variáveis não é, por si só, superior à dos modelos convencionais, puramente hidráulicos. “Portanto, no final da vida útil, ocorrem os mesmos efeitos negativos na segurança da condução: movimentos maiores da carroçaria e perda de contacto entre o pneu e a estrada podem levar a distâncias de travagem maiores e, consequentemente, a um comportamento de condução inseguro”, remata.
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