Uma caminhada só pode dar-se por concluída quando abre novas estradas e horizontes para quem vem atrás. Profissionalmente, esta máxima ganha ainda maior importância.
Mas só quem a cumpre pode afirmar, como Manuel Machado Silva, que sai da Soc. Com. C. Santos ao fim de 48 anos, onde liderou o Departamento de Peças e Lubrificantes, com “o sentimento de dever cumprido”.
Quase meio século de dedicação a uma casa que se traduz em resultados visíveis e que indicam vários caminhos por explorar, como adianta Ricardo Soares, o seu sucessor no departamento, que não hesita em afirmar que a empresa “é, hoje, uma referência, entre outras, na área da comercialização de peças e lubrificantes”.
Pela frente, tem todo um mercado em transformação para enfrentar. Mas, para a jornada, conta com o apoio de Vasco Pinto, novo responsável de Pós-venda de Veículos Ligeiros de Passageiros da Soc. Com. C. Santos, que, anteriormente, desempenhava funções no Departamento Técnico e Formação.
Unidas as áreas de peças e lubrificantes à de pós-venda, Ricardo Soares e Vasco Pinto prometem dar continuidade a uma história de sucesso na empresa, estando a liderança do Departamento de Pós-venda entregue a Vítor Ferreira.
Ricardo Soares assumiu, no dia 1 de fevereiro, a direção do Departamento de Peças e Lubrificantes da empresa, depois de oito anos como responsável de pós-venda de veículos ligeiros de passageiros, em que contribuiu para alcançar os melhores resultados de sempre.
Antes de transcrevermos os testemunhos exclusivos que Manuel Machado Silva e Ricardo Soares deram ao Check-up, refira-se que a Soc. Com. C. Santos tem perto de 350 colaboradores, dos quais cerca de metade estão afetos a customer services.
A empresa, que nasceu a 11 de janeiro de 1946, fechou 2022 com um volume de negócios total de 136 milhões de euros (+7% do que em 2021). Por áreas de negócio, a faturação global das oficinas e do negócio de peças e lubrificantes foi de 33 milhões de euros (+11,5% face a 2021).
Com que sentimento sai da Soc. Com. C. Santos ao fim de 48 anos de casa?
Manuel Machado Silva: Sentimento de dever cumprido. Acredito que formámos ao longo da minha carreira gente jovem que, hoje, é o suporte do departamento.
Era mais “fácil” lidar com peças ou lubrificantes dentro do departamento que dirigia?
Manuel Machado Silva: Cada negócio tem as suas especificidades. Não posso afirmar que há um mais fácil ou difícil. O importante, em qualquer dessas áreas de negócio, foi, ao longo dos anos, termos sempre inovado.
Isto é, termos dado formação aos nossos recursos humanos e aos nossos clientes, assim como elaborarmos campanhas e eventos, para além de dispormos de um stock de peças e lubrificantes adequado às vendas.
Gostaria que os seus três netos tivessem ligações à Soc. Com. C. Santos, fossem eles colaboradores ou clientes?
Manuel Machado Silva: Os meus netos ainda são de tenra idade, mas nunca se sabe… Não me importaria que seguissem as pisadas da família. De facto, já o meu tio Francisco Silva foi, durante anos, chefe de peças na nossa loja situada na rua de Santa Catarina, no Porto. Como tal, temos a “estrela” connosco…
Vai mesmo conseguir “desligar” um pouco (para mais, residindo próximo da empresa) ou “C. Santos uma vez, C. Santos para sempre”?
Manuel Machado Silva: Diria “C. Santos para sempre”, dado que mantenho contacto com clientes e amigos. Sempre que alguém precisar de algo ligado às marcas que representamos, estarei disponível para ajudar.
Que legado lhe deixa Manuel Machado Silva, numa altura em que o posicionamento da empresa no universo Mercedes-Benz passa por uma mudança?
Ricardo Soares: A Soc. Com. C. Santos é, hoje, uma referência, entre outras, na área da comercialização de peças e lubrificantes, reconhecida pelos clientes e fornecedores. Este é um enorme legado que Manuel Machado deixa ao fim dos seus quase 50 anos de ligação à empresa.
O negócio está completamente organizado, em franco crescimento, alicerçado numa equipa coesa e motivada, com um elevado profissionalismo e com uma estratégia comercial perfeitamente alinhada com as necessidades do nosso mercado.
Pode dizer-se que peças e lubrificantes são os grandes “impulsionadores” do pós-venda da empresa, departamento que é liderado por Vítor Ferreira?
Ricardo Soares: Naturalmente que o fornecimento eficaz de peças é fundamental para a atividade da reparação automóvel realizada nas oficinas da Soc. Com. C. Santos. É uma das tarefas do Departamento de Peças e Lubrificantes assegurar a maior taxa de resposta possível às suas necessidades.
As duas áreas sempre trabalharam em grande proximidade e assim continuará. As minhas anteriores funções eram desempenhadas na gestão do serviço de assistência dos veículos ligeiros de passageiros e sentia diretamente, nesse papel a importância que o Departamento de Peças tinha na atividade, pelo que espero poder, agora, contribuir para o evoluir dessa relação e a sua melhoria contínua.
Que desafios terá pela frente na sua nova função, sabendo-se que a Soc. Com. C. Santos, tal como a própria indústria automóvel, está, cada vez mais, “ligada à corrente elétrica”?
Ricardo Soares: O parque automóvel nacional está envelhecido, continuando ainda a agravar-se com a atual falta de veículos novos. Este facto faz aumentar o volume de trabalho das oficinas de uma forma geral – com particular incidência nas oficinas independentes – e a faturação média por veículo.
Este cenário irá manter-se nos próximos anos, com flutuações mais ou menos assinaláveis, mas com uma tendência de necessidades de serviço de assistência relativamente estáveis a curto e médio prazos.
A eletrificação do parque terá, obviamente, efeitos a médio e longo prazos no que diz respeito às necessidades de manutenção automóvel, com a necessária adaptação dos serviços e produtos a essa nova realidade. Estaremos, seguramente, atentos às necessidades e oportunidades do mercado para continuar a oferecer as melhores soluções.
Continuamos empenhados em dotar os nossos clientes profissionais de ferramentas e plataformas digitais que os ajudem a ser mais eficientes nas suas atividades, facilitando e agilizando a relação com a nossa equipa e, acima de tudo, dando-lhe mais capacidade de resposta aos seus próprios clientes. O crescimento dos nossos clientes é, também, o nosso crescimento, pelo que continuaremos a apostar nesta relação direta com eles.
Em que medida a sua nova tarefa interage com a de Vasco Pinto, novo responsável de Pós-venda de Veículos Ligeiros de Passageiros da empresa?
Ricardo Soares: Enquanto responsável de pós-venda, Vasco Pinto manterá uma relação próxima com o Departamento de Peças, pelos motivos que referi anteriormente. Naturalmente que, tendo sido eu o seu antecessor, terei ainda maior proximidade com ele e com as suas tarefas, ajudando-o o máximo possível na sua integração e adaptação à função.
O Vasco Pinto já estava na nossa equipa há vários anos, nas funções de apoio técnico e formação, conhecendo já com bastante profundidade diversas matérias relativas à função. Para além deste conhecimento técnico, julgo que tem o perfil pessoal adequado a este cargo, pelo que estou convicto que terá grande sucesso neste lugar.
Mais sobre a Soc. Com. C. Santos aqui.