Exportações de componentes para automóveis continuam a recuperar

Com uma subida, no mês de junho, de 14,5%, as exportações de componentes para automóveis mantêm recuperação em relação ao mesmo período de 2021.

Pelo segundo mês consecutivo, de acordo com dados divulgados pela Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel (AFIA), as exportações de componentes continuam a recuperar, com as vendas ao exterior a atingirem, no mês de junho, os 836 milhões de euros, o que traduziu uma subida de 14,5% face ao mesmo mês de 2021.

“No segundo trimestre de 2022, as exportações tiveram um acréscimo 3,1% referente ao período de abril a junho de 2021, passando dos 2.255 milhões de euros no ano passado para os 2.325 milhões de euros”, avança a AFIA.

“Ainda assim, apesar dos bons resultados deste segundo trimestre”, sublinha a mesma fonte, “as exportações de componentes para automóveis no primeiro semestre registaram uma queda de 1,8% face ao acumulado até junho de 2021, atingindo os 4.720 milhões de euros”.

Analisando as exportações de componentes para automóveis por país, Espanha continua na liderança deste top 5, com vendas de 1.330 milhões de euros (-5,2%), seguida pela Alemanha, com 1.027 milhões de euros (+6,6%). Na terceira posição, continua a França, com 484 milhões de euros (-17,2%). Os EUA estão no quarto lugar, com 283 milhões de euros (+33,8%) e, finalmente, na quinta posição surge o Reino Unido, com 207 milhões de euros (-13,5%). Este top 5 de países continua a representar 71% das exportações portuguesas de componentes para automóveis.

“Em termos gerais, continuamos a destacar, positivamente, o comportamento das exportações para a Alemanha, que se mantém como segundo país cliente dos componentes fabricados em Portugal, com um aumento de 6,6%, e os EUA, que continuam a posicionar-se como quarto mercado cliente, com as exportações a aumentarem 33,8% quando comparadas com os primeiros seis meses de 2021”, diz a mesma fonte.

No que se refere aos pontos negativos, “destacamos as exportações para Espanha, que, mantendo a primeira posição como país cliente dos componentes para automóveis fabricados em Portugal, registaram uma queda de 5,2%, face ao acumulado até junho de 2021, assim como as exportações para França, que também registaram uma diminuição de 17,2% face aos seis primeiros meses do ano passado”, salienta a AFIA.

“Neste ponto, é, também, de registar a queda contínua das exportações para o Reino Unido, com uma diminuição de 13,5%”, acrescenta. Além destas situações, a indústria automóvel continua a viver uma situação complicada e que surge de uma conjugação de vários fatores, entre os quais destacamos a situação geopolítica relacionada coma guerra na Ucrânia e a tensão entre os EUA e a China”, dá conta o comunicado.

“Os problemas nas cadeias de abastecimento, que continuam a afetar toda a indústria automóvel, a escassez de semicondutores e outras matérias-primas, a inflação dos custos das matérias-primas, energia e transporte e os problemas derivados da covid-19 são outros problemas”, acrescenta.

“Todas estas questões têm afetado a indústria de componentes para automóveis, que acabam por ter de gerir toda a incerteza que se vive num contexto de dupla transição: digital e energética”, conclui a AFIA.

Mais sobre as exportações aqui.

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