As exportações de componentes para automóveis registaram, no mês de abril, uma diminuição de 14,8% face ao registado no mesmo mês de 2021, situando-se, agora, nos 681 milhões euros.
De acordo com os dados divulgados pela Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel (AFIA), no que se refere às exportações acumuladas dos componentes, “houve ainda uma diminuição de 8,2% nos primeiros quatro meses deste ano, atingindo o valor de 3.077 milhões de euros, relativamente ao mesmo período do ano anterior”.
No que se refere à análise das exportações de componentes para automóveis por país, Espanha manteve a liderança da tabela de vendas, com 882 milhões de euros (-11,9%). Na segunda posição, surge a Alemanha, com 679 milhões de euros (+2,9%), seguindo-se França, com 317 milhões de euros (-25,1%).
O quarto lugar continua a pertencer aos EUA, com 176 milhões (+33%) e, por último, o Reino Unido, com 133 milhões de euros (-21,5%). No total, o top 5 de países representa, nesta altura, 71% das exportações portuguesas de componentes para automóveis.
“Os problemas nas cadeias de abastecimento continuam a afetar toda a indústria automóvel, assim como o conflito entre a Ucrânia e a Rússia, o que tem vindo a impedir o caminho da recuperação no setor e, consequentemente, levado a contínuas paragens mais ou menos prolongadas em toda a cadeia de produção. Este é um setor resiliente e que mantém a procura de soluções alternativas para ultrapassar estas questões”, adianta a AFIA.
“Nesta altura”, acrescenta, “há mesmo pontos favoráveis a destacar, como o comportamento das exportações para a Alemanha, que, sendo o segundo país cliente dos componentes fabricados em Portugal, registou um aumento de 2,9%, relativamente aos primeiros quatro meses de 2021, tal como aconteceu com as exportações para os EUA, que registaram um aumento de 33%”.
No entanto, tendo em conta a importância estratégica desta indústria, “é preciso que sejam tomadas medidas de apoio – à semelhança dos países concorrentes –, flexíveis e eficazes e que passem pela proteção dos postos de trabalho e capacidade de produção, de forma a permitir que as empresas mantenham a sua competitividade, após este período, logo que se verifique a retoma gradual da economia”, salienta a associação, em comunicado.
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