A Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel (AFIA) reuniu, na passada terça-feira, no auditório do Parque de Exposições de Aveiro, mais de 60 representantes de empresas da indústria automóvel para a sessão de apresentação do Fundo de Capitalização e Resiliência.
Segundo a associação, “a indústria de fabrico de componentes para automóveis tem vindo a crescer e a assegurar a sua sustentabilidade de uma forma positiva devido às suas competências técnicas e de inovação, à boa qualificação e capacidade de adaptação da mão de obra e à cooperação entre empresas, universidades e centros de investigação e desenvolvimento”, refere, em nota oficial.
A Indústria Portuguesa de Componentes Automóveis tem revelado um desempenho acima da produção automóvel na Europa. Entre 2015 e 2019, cresceu a uma taxa de 8% ao ano, o que compara com um crescimento médio anual de apenas 0,3% da produção automóvel na Europa. “Todavia, esta trajetória de crescimento foi interrompida com o eclodir da crise provocada pela pandemia de covid-19”, dá conta o comunicado.
Conforme referiu José Couto, presidente da AFIA, na sessão de abertura, a associação tem, desde então, “solicitado ao Governo a necessidade de serem tomadas medidas de apoio às empresas através do reforço dos capitais próprios, sem aumentar os passivos, de modo a que continuem a investir para manterem a sua competitividade. As empresas investem, continuamente, em tecnologias inovadoras para obter automóveis mais seguros, tendencialmente autónomos, e soluções mais amigas do ambiente”.
Apesar da “dimensão dos desafios”, reconhece a associação, “as empresas demonstram a confiança e a resiliência necessárias para enfrentá-los, aproveitando as oportunidades para continuar a fazer crescer sustentadamente o setor”.
Num trabalho constante de defesa e divulgação do setor a nível nacional e internacional, a AFIA acredita que estes encontros entre as empresas são “fundamentais para que, de forma organizada e sintonizada, se consiga tornar o setor dos componentes para automóveis mais competitivo e apelativo”, afirma.
“Neste sentido”, sublinha, “durante este ano de 2022 serão realizadas novas iniciativas e encontros de trabalho, garantindo uma grande proximidade às empresas e uma atuação mais eficaz na defesa dos seus interesses e necessidades”.
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