Segundo a Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel (AFIA), as exportações de componentes para automóveis diminuíram, em outubro, 22,9%, relativamente ao mesmo período de 2019, situando-se nos 728 milhões de euros.
Quando comparados com outubro de 2020, as exportações caíram 27,6%. Desta forma, analisando as vendas ao exterior nos primeiros 10 meses do ano, percebe-se que apenas em fevereiro e março é que as exportações se mantiveram acima do nível verificado em 2019.
Quanto ao acumulado até outubro de 2021, as exportações atingiram os 7.537 milhões de euros, valor este que representa uma diminuição de 7,8% relativamente ao mesmo período de 2019.
Em relação aos países de destino das exportações, de janeiro a outubro de 2021, relativamente à mesma data de 2019, Espanha mantém-se no topo com vendas: 2.176 milhões de euros (+1,2%), seguindo-se Alemanha, com 1.550 milhões de euros (-10,8%).
Em terceiro lugar, surge a França, com 883 milhões de euros (-23,5%), em quarto lugar os EUA, com 379 milhões (20,1%), e, por último, o Reino Unido, com 360 milhões de euros (-49,9%). No total, estes cinco países representam 71% das exportações portuguesas de componentes para automóveis.
Sabia que…
a indústria de componentes representa 5,2% do PIB, 9,1% do emprego da indústria transformadora e 16,1% das exportações nacionais de bens transacionáveis?
“A falta de chips e de componentes eletrónicos são duas das principais razões apontadas para os graves problemas que se têm registados nas cadeias de abastecimento um pouco por todo o mundo, que têm levado os construtores de automóveis a interromperem, temporariamente, a sua laboração”, adianta a AFIA.
“Também a escassez das matérias-primas, a pandemia de covid-19 e o Brexit (as exportações para o Reino Unido caíram 49,9%, passando este do quarto principal cliente para quinto), são outras das causas apontadas para estes comportamentos menos favoráveis”, acrescenta.
Ainda assim, é importante destacar o comportamento das exportações para Espanha (principal cliente dos componentes para automóveis fabricados em Portugal, com uma quota de 28,9%), que se encontra acima do nível da pré-pandemia, registando um aumento de 1,2% face a janeiro-outubro de 2019.
Também os EUA, que continuam a ser o quarto mercado cliente das exportações dos componentes para automóveis produzidos em Portugal, merece relevância, com as exportações a atingirem os 379 milhões de euros, equivalendo a uma quota de 5% das exportações totais.
Mais sobre a AFIA aqui.
Secção patrocinada por empresas que apoiam jornalismo de qualidade