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Eni prepara-se para capturar, armazenar e reutilizar CO2

Marca italiana tem vários projetos em curso no mundo das tecnologias CCS (Carbon Capture and Storage) e CCU (Carbon Capture and Utilization), sob supervisão de dois centros.

Centro de Investigação de San Donato Milanese e Centro R&D para as Energias Renováveis e para o Ambiente em Novara. São eles que irão supervisionar os vários projetos da Eni no mundo das tecnologias CCS (Carbon Capture and Storage) e CCU (Carbon Capture and Utilization).

Em relação às tecnologias propriamente ditas, no que diz respeito à fase de captura, a Eni está a desenvolver sistemas que utilizam líquidos iónicos que são mais eficientes do que os líquidos convencionais à base de aminas.

No que diz respeito ao armazenamento, a marca está a otimizar todas as fases do processo, desde o transporte à interação fluido-rocha, passando pelos sistemas de monitorização no terreno, a fim de tornar a tecnologia mais eficiente e facilitar a sua aplicação em larga escala.

“Operacionalmente, pretendemos criar um dos maiores centros de armazenamento de CO₂ do mundo e o primeiro no Mediterrâneo, ao largo da costa de Ravenna. A conversão de campos esgotados no Mar Adriático, que deixará de produzir gás natural, em locais exclusivos de armazenamento permanente de CO₂, e a reutilização de uma pequena parte da infraestrutura existente, proporcionarão uma solução rápida e concreta para reduzir as emissões no setor industrial italiano, a preços muito competitivos”, refere o comunicado.

“A CCS é, em particular, a única opção facilmente disponível para os chamados setores de difícil eliminação, como o cimento, o aço e as instalações químicas, entre poutros, em que uma parte significativa das emissões de dióxido de carbono está ligada ao processo industrial e, por conseguinte, não pode ser evitada através da eletrificação ou das energias renováveis, por exemplo”, acrescenta.

https://www.youtube.com/watch?v=wKZ4Y4U4CDc

E prossegue: “A nível internacional, somos, também, parceiros em dois projetos CCS que estão a ser criados no Reino Unido: HyNet North West, na área da Baía de Liverpool, na costa noroeste do país. Fora da Europa, também estamos a analisar a viabilidade de um projeto de captura de CO₂ nos Emirados Árabes Unidos, em Ghasha, e está a ser estudada uma aplicação CCS na Líbia, para o projeto Bahr Essalam. Além disso, estamos a analisar oportunidades para desenvolver projetos CCS na Austrália e em Timor-Leste”.

A gama de tecnologias que a Eni está a desenvolver para a fase de utilização é mais variada. Uma primeira linha de investigação tem a ver com a ultra-intensificada biofixação de CO₂ através do cultivo de microalgas em fotobiorreatores LED, com comprimentos de onda otimizados de fotossíntese.

Outra tecnologia envolve um processo de mineralização de CO2 com fases minerais naturais e a utilização dos produtos obtidos durante a fabricação de cimento, que a marca patenteou em abril de 2021.

Uma terceira área de investigação analisa formas de utilizar CO₂ na produção de metanol, um vetor de energia com enorme potencial. Um projeto de maior envergadura, em particular, visa, também, capturar CO2 diretamente a partir dos veículos.

Capturar CO2 para armazenamento permanente ou reutilizá-lo em outros ciclos de produção é uma das principais formas de reduzir as suas concentrações na atmosfera e limitar o aumento da temperatura média global em até 2˚C, conforme exigido pelos Acordos de Paris sobre alterações climáticas.

“As tecnologias CCS e CCU fazem parte da nossa estratégia de descarbonização, em conjunto com a combinação certa de gás natural e de energias renováveis, economia de energia gerada pelo aumento da eficiência e a proteção e conservação das florestas. Desenvolver as instalações correspondentes a uma escala industrial também tem a vantagem de gerar um ciclo virtuoso através dos princípios da economia circular, com efeitos positivos no crescimento e desenvolvimento gerais”, explica a Eni.

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